Após as declarações de Karla Sofía Gascón, o filme Brasileiro “Ainda Estou Aqui” entrou para a lista dos favoritos na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2025 – ao menos para dois especialistas de Hollywood.
As publicações com teor racista e xenofóbico feitas por Gascón, colocaram-na em uma polêmica que pode trazer consequências negativas para o desempenho do filme francês na premiação – que acontece no próximo dia 2 de março.
Para alguns especialistas, “Emilia Pérez” segue como o favorito da categoria de melhor filme estrangeiro. A produção francesa é a que possui o maior número de indicações, com 13 no total.
As opiniões contrárias são das revistas “Variety” e “Enterteinement Weekly” , quem em suas últimas previsões, colocaram o longa brasileiro inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva como favorito. A EW coloca ainda Fernanda Torres como favorita ao Oscar de melhor Atriz.
“À medida que o ímpeto do filme aumentava, Gascón enfrentou uma reação visceral após postagens ofensivas antigas nas redes sociais ressurgirem”, menciona a “Variety”.
“A temporada de premiações geralmente reflete a política: quando o ‘candidato principal’ tropeça, toda a campanha pode desmoronar. Se Gascón é a ‘candidata presidencial’, então sua coestrela Zoe Saldaña e o diretor, escritor, produtor e compositor quatro vezes indicado Jacques Audiard, junto com as dezenas de artesãos, são o ‘Senado’ e a ‘Câmara’.”, complementa.
Já a “Entertainment Weekly” segue um outro raciocínio e diz que o escândalo coloca Fernanda Torres no topo da lista para o oscar de Melhor Atriz. Os demais dizem que Demi Moores – de “A substância” pode levar a melhor, e a brasileira é um segundo palpite. A revista diz o contrário.
“Boa vontade pode estar ao lado dela o suficiente para garantir uma vitória sobre a suposta favorita Demi Moore, cuja narrativa de retorno (de carreira) até agora funcionou muito bem a seu favor, e ainda a torna uma opção extremamente viável para os eleitores”, analisa a EW.
“A esta altura, qualquer uma pode ganhar, mas, no mínimo, a temporada do Oscar nos ensinou a seguir a escolha mais heterodoxa quando forçados a optar entre lógica ou ruptura.”