A atriz Carla Daniel, de 60 anos, revelou em suas redes sociais que passou por uma cirurgia para tratar adenomiose, após mais de um ano convivendo com dores. A artista, conhecida por papéis marcantes em novelas da Globo como O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com Pimenta (2003) e Alma Gêmea (2005), compartilhou a novidade com os fãs na última sexta-feira (24).
“Depois de 13 meses com dores, achei um ótimo médico para a cirurgia de adenomiose. Demorei para encontrar, mas veio”, escreveu Carla no Instagram.
Entenda a doença
De acordo com o ginecologista André Vinícius, especialista em saúde da mulher, a adenomiose é uma condição benigna que ocorre quando o tecido do endométrio, responsável por revestir o interior do útero, passa a invadir o miométrio, sua camada muscular.
“O útero é formado por três camadas: a serosa (externa), o miométrio (muscular) e o endométrio (interna). Quando o tecido endometrial se infiltra na musculatura uterina, chamamos de adenomiose”, explica o médico.

Os principais sintomas incluem cólicas menstruais intensas, fluxo menstrual aumentado e períodos mais longos. Em alguns casos, a doença pode causar infertilidade, embora muitas mulheres sejam assintomáticas e descubram o problema apenas em exames de imagem.
Diagnóstico e tratamento
Segundo o especialista, o exame de ressonância magnética da pelve é o mais indicado para confirmar o diagnóstico, por apresentar alto índice de precisão.
O tratamento varia conforme os sintomas e o desejo da paciente de ter filhos. “Em casos de cólicas intensas, ajustam-se medicamentos para controle da dor. O bloqueio hormonal, com o uso de DIU medicado com levonorgestrel, costuma ser uma boa opção, pois reduz tanto o fluxo quanto as cólicas”, detalha Vinícius.
Quando a adenomiose apresenta pontos focais, é possível realizar cirurgia conservadora para remoção dessas áreas, especialmente indicada para mulheres que planejam engravidar. Já a histerectomia — retirada completa do útero — é considerada o tratamento definitivo, recomendada para pacientes que não desejam mais gestar e não obtiveram sucesso com outras terapias.
“Por ser uma doença que afeta a camada muscular do útero, ao retirar essa região, eliminamos o local onde o tecido endometrial poderia se instalar novamente”, conclui o ginecologista.
A atriz não detalhou o tipo de procedimento realizado, mas tranquilizou os fãs e agradeceu o apoio recebido após o anúncio.



















































