Beyoncé voltou a usar sua influência para pressionar as autoridades pedindo justiça pelas mortes de pessoas pretas por parte dos policiais.
Desta vez, Queen B pressionou a procuradoria de Kentucky (EUA) para que a justiça considere as acusações contra policiais que mataram uma mulher preta, durante uma ação, no último mês de março.
Breonna Taylor, de 26 anos, dormia ao lado do namorado, quando teve sua casa invadida pela polícia de Louisville, e foi morta com oito tiros.
Na época, os policiais justificaram o ato como uma investigação de tráfico de drogas e usaram um mandado de busca para entrar no imóvel, ms o fizeram sem se identificar ou “bater na porta”.
A família de Breonna entrou com um processo alegando “acusações de agressão, morte por negligência e força excessiva”. No mês passado, o FBI abriu investigação para apurar as circunstâncias da morte, porém ainda sem respostas.
Na carta endereçada ao procurador-geral do Kentucky, Daniel Cameron, e publicada em seu site oficial, Beyoncé cobra que os policiais sejam responsabilizados por suas ações, e ressalta que a família ainda não recebeu uma “justificativa verdadeira”. Veja abaixo:
“Três meses se passaram – e as investigações do LMPD criaram mais perguntas do que respostas. Três meses se passaram – e zero prisões foram feitas, e nenhum oficial foi demitido.
Três meses se passaram – e a família de Breonna Taylor ainda espera por justiça. A família de Taylor não conseguiu levar tempo para processar e lamentar. Em vez disso, eles têm trabalhado incansavelmente para reunir o apoio de amigos, sua comunidade e o país para obter justiça a ela. Seu escritório tem o poder e a responsabilidade de trazer justiça a Breonna Taylor e demonstrar o valor da vida de uma mulher negra”.
“Não deixe esse caso cair no padrão de nenhuma ação após a terrível tragédia”, acrescentou. “A cada morte de um negro nas mãos da polícia, há duas tragédias reais: a própria morte e a inação e os atrasos que a seguem. Esta é sua chance de acabar com esse padrão. Tome uma ação rápida e decisiva ao cobrar oficiais. Os próximos meses não podem parecer os últimos três”.
Leia a carta original aqui.