Ícone do cinema francês e símbolo de beleza que marcou gerações, Brigitte Bardot revelou em entrevistas ao longo dos anos um desejo inusitado para depois de sua morte: ser enterrada em sua própria casa. Aos 91 anos, a atriz aposentada levava uma vida reclusa em Saint-Tropez, no sul da França, onde vive desde 1958.
A estrela, que faleceu aos 91 anos neste domingo (28), vivia em La Madrague, uma mansão à beira-mar que se tornou ponto turístico por causa de sua fama. Apesar do constante movimento de curiosos e embarcações na região, a artista sempre afirmou manter uma forte ligação emocional com o local. “Apesar de toda a atividade em torno de La Madrague, continua sendo a minha casa, onde espero um dia ser enterrada”, declarou em entrevista ao Financial Times, em 2007.
A atriz também comentou os inconvenientes da popularidade do endereço. Segundo ela, durante o verão, barcos passavam frequentemente em frente à propriedade, cheios de turistas ouvindo relatos sobre sua história em diferentes idiomas. Além disso, curiosos costumavam tocar a campainha na esperança de vê-la pessoalmente.
Para preservar a privacidade, especialmente à noite, Bardot costumava se recolher a outra propriedade na região: La Garrigue. O terreno de quatro hectares abriga três casas — uma para a própria atriz, outra para o caseiro e uma terceira, chamada La Capucine, destinada a receber amigos. No local, ela mantinha cerca de cem animais resgatados, entre gatos, cavalos, burros, cabras, porcos, galinhas e patos, refletindo seu conhecido engajamento na causa animal.
Longe das telas desde 1973, Brigitte Bardot afirmava se orgulhar da vida tranquila que construiu. Em entrevistas, descreveu sua rotina simples, que incluía ler, fazer palavras cruzadas, conversar com amigos e responder cartas.