Estrada com dois horizontes, uma bifurcação. Qual caminho você decide seguir? Qual deles vai trazer as respostas que você precisa? André Guedes escolheu o destino do autoconhecimento para poder encontrar dentro de si o sentido da sua existência. Após muito nadar contra a maré, o artista paraibano traduziu no clipe de Dois Horizontes a sua decisão de priorizar o que realmente importa.
A gravação foi dirigida por Pablo Okubi, da Prysma Media Factory, com cenas que fazem alusão ao conto “O Espelho”, de Guimarães Rosa. Nessa intensa busca do “eu por trás de mim” em seu próprio reflexo, o artista faz um convite para se reconhecer não em sua própria imagem, mas sim dentro de si. “O sentido da nossa vida pode estar, às vezes, em um simples abraço. Cruzei um caminho ansioso pelas estradas em busca de algo que não me completou. Foi necessário passar pela angústia e conversar comigo mesmo para perceber que a felicidade estava ao meu lado o tempo todo”, explica André.
Com Doutorado em Letras e mais de 15 anos de trabalho na literatura e poesia, o músico traz para suas composições uma consciência literária pautada em trocadilhos, métricas, brincadeiras linguísticas, rimas inusitadas e referências. Produzida pelo G&A Estúdio, de Campina Grande, Dois Horizontes estará disponível em todas as plataformas digitais no dia 27 de agosto. O nome da canção provém de um poema de Machado de Assis, Os Dois Horizontes, que também dialoga com o novo trabalho de André quando se trata do paradoxo entre passado, presente e futuro.
Com base muito vívida na poesia, o artista deposita em suas canções um trabalho linguístico com projeções sonoras de folk e nova MPB que promovem um olhar subjetivo mais profundo dentro da realidade, ainda que a realidade seja cotidiana. “É um processo muito gratificante compor a partir da minha própria intimidade. Se a música serve como escape pra mim, pode servir para o próximo também. Meu objetivo é fazer com que as pessoas reflitam sobre seu lugar no mundo”, conta.
André já tem dois singles com clipe lançados em 2020, Me Abraça e Não é o Fim.
Sobre André Guedes
André Guedes carrega em sua ancestralidade a chama para a arte e a poesia. Nascido em Campina Grande, o paraibano recebe forte vivência da riquíssima literatura de cordel, nome dado às histórias do romanceiro popular do sertão nordestino. A riqueza desse conteúdo se tornou terreno fértil para a inspiração do músico na literatura e na música.
Aos 13 anos de idade, foi introduzido no universo musical ao aprender violão com sua mãe em meio a uma grande influência da MPB. Foi fundador da banda Hijack aos 16 anos, permanecendo como vocalista até hoje. Com uma carreira consolidada como banda cover de pop e pop rock, o grupo lançou o primeiro disco autoral e homônimo em 2008.
Morando em João Pessoa há 11 anos, André iniciou seu projeto autoral com o desejo de trabalhar músicas em uma esfera mais acústica e desplugada. Sua obra é influenciada por grandes nomes da literatura, principalmente do Nordeste, como Manuel Bandeira, Ferreira Gullar e Gregório de Matos e do Brasil como Guimarães Rosa, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminski e Rubem Braga.
