Poéticas ou não, animadas ou lentas, com batidas ou tons suaves seguindo os dedilhados de um violão, antes de chegarem como produto final aos streamings ou aos clipes do youtube, as músicas passam por um processo de estudo e estruturação para que tudo saia perfeito: A COMPOSIÇÃO.
Compor uma música vai muito além de apenas combinar palavras ou escolher um beat bacana para o hit, é sobre entender cada processo e saber o que se quer passar com a letra, qual o significado de cada trecho e sobre o que ela vai falar.
E aproveitando o dia do Compositor, comemorado em 15 de janeiro, o POP MAIS bateu um papo com o cantor e compositor Thiago Pantaleão sobre sua paixão pela composição, suas inspirações e muito mais. Confira a seguir.
POP MAIS- Antes da música se tornar o que conhecemos, é necessário um processo criativo de entender o que se quer no produto, sobre o que se quer falar e a mensagem que se quer passar com a composição, o que não é tarefa fácil. Como você pegou gosto pela composição e por esse processo criativo?
THIAGO PANTALEÃO – Eu peguei gosto pela composição meio que de forma natural, porque sempre foi a minha maneira de me expressar. No começo, era quase como um diário, onde eu colocava tudo o que sentia e jogava na internet. Com o tempo, fui percebendo que a composição é muito mais do que só escrever, é sobre construir algo que tenha significado, que conecte com as pessoas. Acho que o processo criativo se tornou uma paixão porque é nele que consigo explorar minha visão artística, experimentar e evoluir. Cada música que crio é como um pedaço de mim, seja falando das minhas histórias ou das histórias que observo ao meu redor. Essa troca entre inspiração e técnica é o que torna tudo tão especial.
POP MAIS- Qual a importância de um processo de composição bem elaborado para que a música tenha um bom desempenho?
THIAGO PANTALEÃO – Um processo de composição bem elaborado é essencial para que a música tenha um bom desempenho, porque é ali que tudo começa. A composição é o coração da música, o que dá sentido à melodia e conecta as pessoas. Quando você se dedica, coloca cuidado e sensibilidade na construção de uma letra, você não só cria algo que pode tocar as pessoas profundamente, mas também algo que pode se tornar atemporal. É nessa etapa que as histórias ganham forma, que os sentimentos se transformam em arte, e que a mensagem da música ganha força. Além disso, um processo bem feito ajuda a explorar todo o potencial da canção, seja para encaixar vocais, explorar técnicas ou criar uma identidade única que as pessoas vão lembrar e cantar por muito tempo.
POP MAIS- Quais as suas inspirações? Tem alguém que seja referência para você?
THIAGO PANTALEÃO – Minhas inspirações vêm de muitos lugares, mas tem alguns nomes que são referências muito fortes pra mim. Luquinhas e Fraga são dois artistas incríveis, que eu admiro muito pelo talento e pela forma como eles conseguem traduzir sentimentos em letras. O Luiz Lins também é uma grande inspiração, ele é um poeta que transforma frases simples em algo profundo, que toca qualquer pessoa. A Marina Sena também me inspira muito, especialmente pela autenticidade dela como compositora. Além disso, me inspiro em histórias ao meu redor, nas minhas vivências e na troca com outros artistas e compositores. É nesse mix que encontro meu caminho criativo.
POP MAIS- É claro que existe uma diferença enorme entre as suas primeiras composições e as mais recentes. O que você acredita que contribuiu para o seu amadurecimento na música?
THIAGO PANTALEÃO – Cara, eu acho que isso vem muito do tempo, da prática e da convivência com outros artistas incríveis. Quanto mais eu componho, mais eu aprendo a brincar com as palavras, a ser objetivo quando preciso e a fugir dos vícios que tinha no começo. Estar cercado de compositores experientes, que têm anos de estrada, também me inspira e me força a evoluir. Além disso, a frequência com que eu estou em estúdio, vivendo a música intensamente, contribui demais. Acho que cada música que faço reflete um pouco desse amadurecimento, tanto como pessoa quanto como artista.