Música

Duo LUAU se junta a Zezé Motta em single sobre conexões entre o etéreo e o material

Por Redacão |

Duo LUAU se junta a Zezé Motta em single sobre conexões entre o etéreo e o material
Foto: Luan Mamed

O Duo LUAU, formado por PH Moraes e Fernando Pivelli, ganhou notoriedade como uma das novas revelações da música brasileira. O público fiel e crescente tem acompanhado a evolução dos cantores e compositores paulistanos. Consumidores das influências da afro-brasilidade na nossa MPB, a dupla lança ARUANDA, música composta e interpretada pelo Luau, que recebe nada menos que a participação da lendária cantora, atriz e ativista brasileira Zezé Motta. A canção estará disponível em todas as plataformas nesta sexta-feira, 6 de dezembro.

PH Moraes e Fernando Pivelli combinaram o ritmo contagiante do Ijexá com a harmonia suave composta por violões de cordas de aço e nylon e o baixo marcado em casamento com a percussão. A voz inconfundível de Zezé Motta aprofunda os versos ““E veja só / Num planeta tão gigante / Foi brotar uma semente / Que vai crescer, vai florir/ E plantar outras sementes também / Vai voar feito passarinho / Pois vai ter ninho pra voltar/ Porque nesse espaço tempo / Em meio a tanto movimento / É de se dividir o que há de realizar / Grandiosa seja essa passagem / Cheia de amor, saúde e coragem / Assim é, assim foi e assim será!”

A canção aborda a conexão entre o mundo etéreo e o material, com uma narrativa que fala sobre o crescimento de uma pessoa ao longo da vida e suas diversas nuances. E essa perspectiva de quem narra a música, pode ser da ótica de quem observa outra pessoa, como da ótica de um autocuidado. “Essa música se ressignificou no meio do caminho. Eu escrevi para uma pessoa que foi importante na minha vida, mas depois ela tomou outro sentido. Inclusive, quando a Zezé gravou, ela já se desenhava sobre ser para uma criança, alguém que está crescendo e aprendendo. A contribuição da Zezé como artista também deu outra amplidão a tudo”, explica PH.
Oyá, a Orixá dos ventos também conhecida como Iansã, é citada no refrão como símbolo das transformações da vida, representando as mudanças e os desafios que todos enfrentamos como seres humanos. Bebendo da fonte das religiões de matriz africana, Luau trouxe delas a força do tambor para a composição, trazendo o viés de uma vida para os quase 3 minutos da faixa.

Embora sejam paulistanos, o duo se orgulha de buscar na sonoridade contemporânea baiana a identificação para o atual trabalho. “Em todos os shows a gente faz questão de falar que ‘somos ponte, mas não esquecemos a fonte’. As energias acabam batendo, é muito genuíno. A parte da música vem muito da Bahia”, conclui o duo.