Com apenas 20 anos de idade, o jovem carioca Faria se tornou destaque na cena pop independente nacional. Tendo a versatilidade como uma das suas marcas registradas, o cantor não se limita a um estilo musical, e sempre inclui elementos de outros gêneros em seus singles.
Prova disso é a recém lançada “Idolatria”, em parceria com Caroline Alves. A canção transita entre o R&B e funk carioca, com destaque ainda para a letra envolvente, que traça paralelo com as redes sociais, fenômeno volátil que incentiva a criação de ídolos efêmeros que, muitas vezes, reforçam parâmetros irreais e ilusórios para o público.
Idolatria faz parte do segundo álbum de Faria, Metamorfose, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2021. O novo trabalho conta com influências de blues brasileiro, MPB, trap e funk carioca, com participações especiais também de N2.beats e Nanda Sil. Marcadas pela voz suave já característica do artista, as 11 faixas formam uma única narrativa que transita entre o desapego de um relacionamento, a chegada de uma nova paixão, as expectativas criadas, a desilusão seguida da consciência da solidão. Todo o material foi composto e produzido durante o período de quarentena. O álbum é dividido entre dois EPs: Metamorfose, Ato I, já lançado com 4 singles, e Metamorfose, Ato II, este com divulgação iniciada pelo single 13 de Maio seguida por Idolatria.
Pouco antes do lançamento de “Idolatria”, o POP Mais conversou com Faria, que contou mais detalhes sobre o single, além das referências e projetos.
Conta pra gente, como começou sua carreira na música?
– Olá, galera do POP Mais! Eu agradeço pelo espaço! Minha carreira na música começou por meio dos meus covers voz e violão que postava no YouTube. Mas posso afirmar que a carreira profissional começou em 2018 quando eu realmente percebi que a música era o que eu queria pra minha vida.
Você está divulgando atualmente seu novo single “Idolatria” em parceria com a cantora Caroline Alves e que fará parte do seu novo disco, dividido entre dois EPs: Metamorfose, Ato I, já lançado com 4 singles, e Metamorfose, Ato II, este com divulgação iniciada pelo single 13 de Maio. Como tem sido a receptividade do público com o seu trabalho? E como surgiu a parceria com a cantora Caroline?
– O público tem recebido meu trabalho da forma mais natural e linda possível e isso me deixa muito feliz. A cada lançamento, eles engajam comigo desde os posts e as peças publicitárias até a música propriamente dita. Eu acho que consegui estabelecer uma conexão com eles em que temos uma relação de amor, respeito e verdade.
Percebo que eles reconhecem na minha música histórias com sentimentos complexos que também sentem e se identificam tanto, e por isso me ajudam tanto em cada lançamento.
A parceria com a Carol surgiu a partir de uma base já escrita por mim de Idolatria, e que eu senti que faltava algo, e não podia deixar de ser ela escrevendo. A Carol traz nos sons dela algo muito real e verdadeiro com o público. Ela se conecta com as pessoas mostrando exatamente o que sente, sendo totalmente transparente. E se tratando de um assunto tão sério, era exatamente isso que precisávamos. Nossos públicos e trajetória são muito parecidos, temos o mesmo estilo de composição e ela acabou se tornando uma irmã dentro da música pra mim, e sinto que é uma parceria pro resto da vida. Carol adicionou na música versos que acrescentaram em 100% o sentido que eu pensei inicialmente, com muito talento, perspicácia e amor pra música, principalmente.
Seu novo single, “Idolatria” – que no sentido figurado, significa excesso de amor; admiração demonstrada de maneira exagerada – deixa um questionamento muito importante sobre as relações atuais. Nos conte um pouco sobre a inspiração desse single.
– Nossas inspirações nesse single, junto ao produtor e também compositor da música N2 Beats surgiram a partir de uma mistura de R&B moderno com funk carioca. A letra, escrita por mim e pela Carol, começou a partir de uma paixão platônica minha onde tudo que a menina fazia pra mim era perfeito, mas nem conhecer ela eu conhecia direito. Mas acabou saindo dessa esfera para algo muito maior quando a Carol chegou, e começamos a entrar nesse terreno do que não é palpável em geral, quando passamos a idolatrar marcas, pessoas, influencers e principalmente padrões.
Você é filho do renomado compositor e produtor musical da Rede Globo, Alexandre de Faria e sabemos que você está produzindo com várias pessoas diferentes nos seus lançamentos até aqui. Como é a influência do seu pai na sua carreira?
– O meu pai é minha maior inspiração no dia a dia. Tudo que eu faço acaba passando por ele na etapa final porque ele é minha maior referência de padrão de qualidade. Tudo ou praticamente tudo que eu tenho conquistado eu devo muito a ele. O meu primeiro álbum foi todo produzido por ele, e no segundo optei por trabalhar com uma série de produtores também incríveis e que eu confio absolutamente, para diversificar o estilo e a sonoridade do meu trabalho, porque eu defendo muito a pluralidade.
Você sempre inclui elementos de outros gêneros musicais dentro de singles R&B, como a própria MPB ou o funk. Como funciona seu processo criativo? Como nascem as suas canções?
– Meu processo criativo em sua grande maioria se dá na voz e violão. Quando eu penso em diversificar e fazer algo mais alternativo, paro e ouço um type beat. Costumo pegar types que não sejam muito genéricos, componho em cima de uma base melódica e letra, e depois passo para um produtor ou produtora refazer os arranjos pensando nas linhas criadas por mim.
E aí, conta pra gente: vem mais novidade por aí?
Vem sim. Esse mês ainda teremos mais 2 singles em parceria com outros artistas. Estou apostando em feats para o final desse ano porque ano que vem o foco será inteiramente no meu álbum, que será em sua maioria solo, tirando as faixas “Me deixou assim” , com Nanda Sil e N2 Beats e o lançamento desse mês, “Idolatria”, com Caroline Alves. Mas as novidades pro ano que vem envolvem o lançamento de singles mês a mês até o álbum. Neles iremos explorar uma série de estilos dentro do pop urbano.
Deixe uma mensagem para os leitores do POPMais!
– Gente, espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais do meu trabalho. A minha proposta é fazer da música um meio de comunicação meu com meu público, onde a gente se identifique com nossos sentimentos e possa conversar sem tabus sobre eles. Convido vocês a ouvirem meu som. Um grande beijo.