O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-policial militar Élcio Queiroz realizou delação premiada e deu detalhes de sua participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. As informações são da CNN Brasil.
Élcio foi preso em março de 2019, acusado de dirigir o veículo usado na noite do crime ocorrido em 14 de março de 2018. De acordo com o ministro, em sua delação, Élcio narrou também a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa – preso hoje (24) -, Ronnie Lesa e outras pessoas como copartícipes do crime.
“O senhor Élcio fez uma delação premiada, essa delação foi homologada e resultou na operação de hoje. Ele revelou a participação de um terceiro individuo [o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa] e confirmou a participação dele próprio, do Ronnie Lessa e outras pessoas como copartícipes”, disse Dino.
O ministro reiterou que as investigações continuam em aberto, e que a operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) desta segunda-feira marca o fim de uma etapa do processo investigativo.
“Há um avanço, uma mudança de patamar da investigação. Naturalmente, há aspectos que estão em investigação sob segredo de Justiça. Nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhidas hoje“, afirmou Dino.
Operação prende Maxwell Simões Corrêa
A PF (Polícia Federal) prendeu nesta 2ª feira (24.jul.2023) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Os agentes da corporação também cumpriram 7 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Élpis.
Em 2021, o ex-bombeiro foi condenado a 4 anos de prisão por atrapalhar as investigações sobre o crime, mas cumprida a pena em regime aberto. Ele havia sido preso em junho de 2020 por ser o dono do carro usado para esconder as armas usadas no crime. …