A Jovem Pan News com quase um ano no ar conseguiu expandir suas janelas de público, estando inclusive como os três principais canais de notícias no Painel Nacional de Televisão, junto da GloboNews e da Record News. Mas um questionamento que fica é: quem sai fortalecido após as eleições deste ano?
Todos os canais ampliaram a cobertura eleitoral em suas respectivas programações, inclusive no dia da votação, como foi o caso da CNN que esteve 48 horas de uma grade especial para trazer todas as informações dos preparativos, apurações e análise dos resultados do pleito em todo o país.
A GloboNews seguiu no mesmo ritmo, com “Central das Eleições” se estendendo até mais tarde para uma noite de domingo. Na emissora do Grupo Record, apuração em tempo real com a análise de comentaristas e âncoras do canal. E assim foi e segue sendo por enquanto.
Diferente dos demais canais, a Jovem Pan tem uma grande fatia de telespectador conservador, ou sendo mais claro, apoiadores do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Mesmo a TV de Tutinha negando ter algum posicionamento, ficou bem nítido as ‘passadas de pano’, no qual o Tribunal Superior Eleitoral não deixou passar em branco e alertou a organização para um tom mais moderado, sem tomadas de partido político.
A GloboNews mesmo explorando os dois lados da moeda na atual polarização do Brasil no quesito política, o canal de notícias da Globo não mede esforços em apurar e expor o que acontece pelos bastidores da política na capital federal, incluindo Bolsonaro, seus aliados e sua família, como é o caso de operações da Polícia Federal.
Nessa batalha de quem mostra mais das ‘feitas’ dos candidatos do segundo turno, a CNN Brasil segura um tom mais neutro, com análise sem mostrar que esteja de algum lado político. A emissora nega ser a ‘Tebet da Política’, ou a terceira via para se acompanhar as notícias.
Apesar de que o canal ter alcançado um público menor que o da Jovem Pan, os conteúdos nas plataformas digitais tiveram bastante alcance para quem dar a preferência de ver tudo pelas telas do celular ou computador. Foram quase 800 mil pessoas em simultâneo na transmissão do canal do YouTube da CNN durante a apuração dos resultados das eleições.
Os bons índices se estendem a outras plataformas, como o Twitter, Instagram, e também o Kwai. Foram 65 milhões de visualizações, englobando as redes sociais, TV, plataformas digitais e o site, alcançando mais de 15 milhões de pessoas.
Audiência X Publicidade
A CNN pode até estar atrás no Ibope, mas vem conseguindo emplacar anunciantes em sua programação, como é o caso do banco Santander. Na Pan, a situação é inversa, com a ‘fuga’ do mercado publicitário. A neutralidade por parte da emissora americana sediada na Avenida Paulista é um fator que pode explicar as empresas estarem em busca de expôr suas marcas na grade, principalmente em jornais de impactos, como é o caso do “CNN 360” e o “CNN Primetime”, que fisgam o assinante do horário nobre.
