
Os irmãos Lyle e Erik Menendez, presos desde 1994 pelo assassinato dos próprios pais, podem ter suas penas reavaliadas após uma decisão judicial nos Estados Unidos. A informação foi divulgada na última sexta-feira (11) pelo promotor de Los Angeles, Nathan Hockman.
O crime, que chocou o país na década de 1990, ocorreu em 1989, quando Jose e Kitty Menendez foram mortos a tiros em sua casa. Os filhos, então com 21 e 18 anos, foram condenados em 1996 à prisão perpétua. Agora, uma nova audiência marcada para a próxima quinta-feira (18/4) pode reabrir o debate sobre a sentença.
Alegando legítima defesa, mas sem reconhecimento da Justiça
Durante o julgamento, os irmãos afirmaram que agiram em legítima defesa, acusando o pai de abusos sexuais e psicológicos e a mãe de cumplicidade. No entanto, a Promotoria sempre rejeitou essas alegações, classificando-as como invenções para justificar um crime “premeditado e brutal”.
O promotor Hockman reforçou que, enquanto os irmãos não admitirem que mentiram sobre os abusos, não podem ser considerados reabilitados. “Eles continuam representando um risco para a sociedade”, declarou.
Caso ganha nova atenção com documentário da Netflix
O interesse pelo caso ressurgiu com o lançamento da série documental Monstros: A história de Lyle e Erik Menendez, produzida pela Netflix. O programa reacendeu discussões sobre as motivações do crime e a possibilidade de uma revisão da pena.
Agora, quase 30 anos depois da condenação, a Justiça americana pode reexaminar o destino dos irmãos Menendez. A decisão final deve sair na sexta-feira (19), após dois dias de audiências.
O caso continua dividindo opiniões: para alguns, um exemplo de justiça sendo feita; para outros, uma possível história de abuso e consequências trágicas.