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Karol Conká sobre rejeição: “Estou no processo de perdoar e lidar com a rejeição”

Por Redacão |

Karol Conká sobre rejeição: “Estou no processo de perdoar e lidar com a rejeição”
Foto: Globoplay

Nesta quinta-feira, 29 de abril, estreou no Globoplay o documentário “A Vida Depois do Tombo”, que narra a trajetória de Karol Conká após sua passagem problemática no Big Brother Brasil.

Pouco antes do lançamento, a rapper participou do programa “Saia Justa”, da GNT, e conversou com Astri Fontenelle, Pitty, Gabi Amarantos e Djamila Ribeiro.

Conká falou sobre a experiência de conviver com tamanha rejeição, e sobre os desafios de reconstruir sua carreira após a eliminação do BBB21, com 99,17% dos votos.

“Tem cenas que eu me choco, eu fico extremamente incomodada, envergonhada, arrependida, deprimida. Entendo que faz parte de mim, eu sempre procrastinei esse lance da saúde mental, nunca levei muito a sério. Tenho a impressão de que entrei e me auto sabotei para chamar atenção para esse tipo de assunto”, afirmou Karol.

Sobre a rejeição, ela disse: “Não é fácil lidar com a rejeição. Eu já havia encarado a rejeição quando era mais nova. Com isso, eu acabei criando cascas, uma espécie de armadura pra me defender. Depois que eu me tornei Karol Conká, artista, essa rejeição ficou mais afastada. A rejeição sempre esteve em minha vida, mas ela estava afastada. No BBB eu acabei expondo uma realidade, um comportamento muito feio. Demorei muitos dias pra ter noção de minhas atitudes. Muitas coisas que fiz e falei me deixaram envergonhada, decepcionada. É muito ruim a sensação de decepcionar milhões de pessoas e amigos. Eu também repudio minhas atitudes, mas eu comecei a me questionar se minhas atitudes dentro da casa tinham o mesmo peso da atitude das pessoas aqui fora. Se as pessoas me cobram que eu me trate e tenha sanidade, eu também posso cobrar isso delas”

Karol Conká ainda falou sobre como foi o processo para aceitar seus próprios erros. “Quando vi as cenas, tive que lidar com a minha rejeição consigo mesma. Foi uma dor tão maior quanto lidar com a rejeição do público. Comigo mesmo foi mais amargo. Tô num processo de me perdoar, entender, já passou. Eu não posso contribuir pra uma cultura da qual eu não concordo. Quando notei, eu também tava me cancelando. Notei que eu tava me reduzindo a uma camada. Todos nós temos essas feridas que que varremos pra debaixo do tapete. Esse tapete foi levantando quando entrei na casa. A pessoa que precisa humilhar, gritar com alguém, precisa de ajuda”.

A rapper disse também que tudo isso contribuiu para o seu amadurecimento como pessoa. “Hoje eu tô melhor que ontem, tô me vendo dessa forma. Tenho que fazer um esforço enorme pra sentir graça de viver. Apesar de serem só 2 meses, pra mim parece que são 3 dias. Hoje eu tô arrependida, mais madura e entendendo que ou eu ficava definhando em decepção ou eu enxergaria esse momento de tombo como um convite para enxergar uma possibilidade de me tornar uma pessoa mais madura”.

Em outro trecho da entrevista, Konká falou abertamente sobre pedir desculpas por tudo o que fez. “Até saciar a fome dos sádicos. Mas eu também não posso permitir virar só isso, um combo de desculpas. Eu já pedi desculpas, as minhas desculpas foram sinceras. Se eu não puder seguir minha vida após meu pedido de desculpas, aí a gente está lidando com um assunto muito mais sério que o meu discurso, a minha falta de controle dentro da casa”.