Música e viagem é o sonho da vida perfeita no imaginário de muita gente. Quem nunca quis percorrer o mundo e de quebra conhecer outros ritmos? Essa é a rotina do produtor musical Lucas Mayer e da filmmaker Iris Fuzaro com o projeto Le Tour Du Monde: um casal que decidiu viajar o mundo gravando nas ruas, captando ambientes e capturando a atmosfera de cada lugar.
Depois de 5 anos nas estradas e mais de 20 músicas lançadas, a pandemia obrigou o casal a pôr o pé no freio e adiar algumas viagens e projetos com o Le Tour Du Monde em 2020. O que pode parecer ruim a princípio, na verdade serviu como um estímulo para reorganizar o material de arquivo que estava pendente e ainda inédito para o público. É o caso do videoclipe de “Black Sand”, que conta com a parceria do documentarista Bruno Jorge, responsável pela montagem do material.
“A pandemia nos tirou a possibilidade de viajar e explorar a musicalidade de tantos lugares, mas nos deu tempo para lançarmos essa viagem que não tinha ido ao ar. Após 3 anos com o material dessa volta ao mundo parado nos nossos HDs, resolvemos mostrar esse material inédito. Editar esses vídeos e finalizar essas músicas nos deu a sensação de nos teletransportar pra Islândia e esperamos que em tempos tão sombrios, cercados de notícias ruins e sem sair de casa, esses nossos novos vídeos sejam como um escape e também sirvam como um lembrete que ainda existe um mundo lá fora cheio de riquezas culturais e naturais”, comenta Iris Fuzaro, responsável pela captação de imagens e edição do videoclipe.
Um dos principais motivos que atraiu a dupla para a Islândia foi a cena musical do país. Lugar de bandas como Bjork e Sigur Rós, além de ser conhecido como onde as pessoas mais tocam instrumentos e fazem parte de bandas no mundo, são algumas das razões que fizeram com que o casal carimbasse o passaporte rumo às terras frias do norte europeu. “Depois de um dia na estrada, estávamos convencidos que poderíamos ficar meses rodando a Islândia de carro, inspirados pelas paisagens islandesas que são incríveis. Não há nada que tenhamos visto antes que se assemelhe. Logo, a letra da música “Black Sand” é sobre isso. Sobre todas as paisagens que vimos ao viajar por 10 dias por todo país. Demos o nome de ‘black sand’ pelas praias de areia negra que vimos no sul do país e são realmente impressionantes. E o resto da letra são detalhes das paisagens e nossas percepções, as montanhas, os campos de lava cobertos por musgo, cachoeiras e por aí vai”, afirma o produtor musical, Lucas Mayer.
mas uma coisa que nos surpreendeu chegando lá é que eles não tem nenhum instrumento típico e o motivo disso é muito interessante: Não há florestas na Islândias, os Vikings quando chegaram no país desmataram tudo e isso deixou o país sem matéria prima para fazer instrumentos musicais. Logo, o elemento mais forte da música islandesa é a voz. Então, focamos nas vozes ao invés de diversos instrumentos musicais.
Guiada pela voz como elemento mais forte da canção, assim como na própria música islandesa, “Black Sand” é o primeiro lançamento de uma série de materiais inéditos. Serão 6 meses de novos singles, videoclipes e já em fevereiro divulgam episódios da viagem ao Egito.
Sobre Le Tour Du Monde
Lucas Mayer é produtor musical, Iris Fuzaro é videomaker. Quando se conheceram, criaram o projeto Le Tour Du Monde que uniria as paixões de ambos: viajar pelo mundo e produzir um álbum com músicas compostas por eles, inspiradas nas diferentes cidades por onde passaram e registrar as surpresas do trajeto em vídeo, compartilhado no canal de YouTube do casal: youtube.com/letourdumondemusic
Durante as andanças, a música revela-se um importante elemento de identidade cultural. Personagens reais que vivem de/para a música, muitos deles encontrados por acaso, levam Iris e Lucas a uma viagem paralela às rotas do mapa, explorando as sonoridades locais, os instrumentos aperfeiçoados ao longo de gerações, as tradições e dinâmicas sociais de cada região.
Le Tour Du Monde capta a efervescência musical de cada localidade através dos olhares e perspectivas sensíveis de Iris e Lucas. Notas, acordes e melodias se misturam, expressam peculiaridades e trazem consigo personagens emblemáticos como músicos, artistas de rua, comerciantes de instrumentos, luthiers e apreciadores que cruzam o caminho do casal e dão os seus depoimentos às câmeras.