O segundo episódio da série documental de Xuxa foi liberado no Globoplay nesta quinta-feira (20), A produção promoveu o encontro do ex-ator mirim, Marcelo Ribeiro e a apresentadora que protagonizaram o filme polêmico “Amor Estranho Amor” (1982).
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O encontro entre os artistas aconteceu depois de quase 40 anos onde tiveram uma conversa bem sincera sobre esse passado polêmico que marcou a vida da ambos.
O longa-metragem até hoje é visto de forma deturpada e Xuxa muito detonada pelo papel que interpretou. “Parecia que as pessoas não existiam mais no filme, que o filme era meu. Parecia a minha biografia, eu que fazia aquilo. A coisa que tinha por detrás disso, que era importante as pessoas falarem, até hoje, sobre a prostituição infantil que existe no Brasil todo, ninguém falou mais sobre isso“, disse a apresentadora. “Na verdade, o filme nunca foi polêmico, polemizaram ele. É diferente“, completou Marcelo Ribeiro.
A rainha dos baixinhos ainda pontoou que por trabalhar no universo infantil, usaram isso para vender o filme. “Eles colocavam faixas assim: ‘Venha ver o que Xuxa faz com seus baixinhos’. Que era para as pessoas alugarem o filme. Isso, pra mim, foi bastante pesado“.
Porém o ex-ator mirim na época com 11 anos, disse que sua trajetória sempre foi atrelada a repercussão do filme e a Xuxa e isso acabou tirando ele da atuação. “Infelizmente, aconteceu toda essa ‘polemização’ do filme, e me tirou do circuito. Porque a imagem iria associar, por exemplo, negativamente ao teu nome“.
“Sim, eu sofri isso. Estou falando, me abafaram. Me colocaram assim, em um caldeirão, abafaram e acabou. Xuxa, era um mundo proibido, era um negócio que eu não podia fazer nada, e nem você. Acho que todas as pessoas que se negaram e falaram ‘não’ pra mim, nunca foram contra o Marcelo Ribeiro. Se posicionaram de uma forma de dizer: ‘Eu não vou afrontar a Xuxa’”.
Marcelo Ribeiro finalizou que gostaria de ter tentado continuar e fazer mais trabalhos. Não estou falando de grana, não é isso, não. Estou falando de satisfação pessoal mesmo, porque é o que eu gosto de fazer e eu tive que aprender a não gostar mais. Eu tive que aprender a tocar a minha vida“.