A cantora e compositora Marina Gold mergulha fundo em suas memórias mais íntimas para dar vida ao seu primeiro EP autoral, “Anemoia”. Em um trabalho marcado por delicadeza, afeto e identidade, Marina presta uma homenagem emocionante à sua avó, Dona Rosinha, figura central da canção “ROSA” — uma das três faixas que compõem o disco.
Mais do que uma canção, “ROSA” é um retrato sonoro do amor, da admiração e do aprendizado que atravessa gerações. “Ela é um pilar na família e tem um olhar muito otimista sobre a vida, o ‘jeito Rosa’ de enxergar o mundo”, conta Marina. A música carrega a essência dessa mulher que marcou sua infância e continua sendo uma referência de força e ternura em sua vida adulta.
O relacionamento entre Marina e sua avó sempre foi pautado pela troca silenciosa e pela presença constante. É esse tipo de afeto, construído nos detalhes do cotidiano, que a artista transporta para sua obra. “Ela me ensinou muito apenas sendo quem é, com simplicidade, fé e amor. A música é a forma mais bonita que encontrei de agradecer por tudo isso”, diz.
A faixa também ganha vida em imagens no clipe dirigido por Amauri Neto, onde Marina se vê a partir da figura da avó — como se, ao homenageá-la, também reconhecesse nela um espelho do que é e do que quer continuar sendo.
Produzido por Beto Neves, três vezes vencedor do Grammy, “Anemoia” é uma obra que costura o passado, o presente e o futuro por meio de uma estética cinematográfica e sonoridade orgânica. A presença de músicos que acompanham Marina há mais de oito anos reforça o caráter íntimo do projeto. “Nos entendemos no olhar. Eles carregam a essência do meu som”, diz ela
