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Metrópoles recua e não irá demitir Leo Dias: “Não se resume ao erro cometido com Klara”

Por Diego Cartaxo |

Metrópoles recua e não irá demitir Leo Dias: “Não se resume ao erro cometido com Klara”
Foto: Reprodução

Em meio à polêmica envolvendo Leo Dias e a atriz Klara Castanho, o portal Metrópoles, veículo que divulgou a nota do colunista, vem sendo pressionado nas redes sociais para demitir o jornalista.

Desde que polêmica explodiu no último final de semana, milhares de comentários inundaram as redes sociais do site, com vários apoiadores da atriz pedindo a penalização de Leo.

No entanto, na contramão do que o público esperava, o Metrópoles se posicionou na noite de hoje (28), informando que o colunista não será demitido.

Em editoral compartilhado no Instagram, o portal defende que Dias “não se resume ao erro cometido com Klara Castanho” e elenca várias notas exclusivas dadas pelo mesmo que repercutiram nacionalmente.

Leo Dias pede desculpas

Léo Dias, jornalista do Metrópoles, usou sua coluna no site para pedir desculpas à Klara Castanho. O carioca é considerado um dos principais culpados pelo vazamento das informações da adoção da atriz após ser vítima de estupro.

Leia a íntegra:

“Há pouco mais de um mês, eu fui procurado por uma profissional de um hospital privado. Ela insistiu que precisava falar comigo para denunciar um caso atípico que ocorrera há algumas horas naquela casa de saúde.

A moça, sob a condição de anonimato, me disse que, pela primeira vez, o nascimento de uma criança não poderia ser registrado na maternidade. Nenhum dado sobre o nascimento poderia ser incluído no sistema.

Fiquei surpreso ao saber que a mulher que deu à luz aquela criança era Klara Castanho. Até aquele momento, eu não tinha noção do contexto de violência envolvendo a gestação. Meu contato com Klara não era próximo, mas, há alguns meses, a mãe dela me mandou uma mensagem carinhosa pelo Instagram e achei que eu deveria, por intermédio deste contato, mandar uma mensagem para ela no sentido de entender o que estava ocorrendo.

Àquela altura, eu não tinha noção de todos os fatos. Não sabia que ela havia sido vítima de um estupro. Klara me respondeu poucas horas depois. Chegamos a conversar por telefone.

Na conversa, Klara me relatou a violência de que foi vítima. E sua decisão de entregar a criança para a adoção. Me pediu que eu não escrevesse sobre o assunto. E eu, prontamente, me comprometi com ela a não expor a história publicamente.

O relato de Klara foi tão impactante, aquela história era tão perturbadora, que, em um ato irrefletido, me ofereci para adotar a criança. E, desde aquele momento, esta história não saiu da minha cabeça. Confidenciei isso a duas pessoas próximas.

Mais de um mês se passou. Eu permaneci sem escrever sobre a história. Mas, desde maio, fui surpreendido com vídeos e posts em que influenciadores relataram o caso ou parte dele. Evitei, assim como havia me comprometido, a revelar a identidade da atriz, mesmo tendo sido provocado a falar sobre o caso.

A postagem que fiz relatando o nascimento da criança e a adoção foi posterior à carta que Klara escreveu sobre tudo o que passara. Ela foi covardemente exposta. Tenho consciência disso.

Errei ao publicar qualquer linha a este respeito. Mesmo que a revelação da história não tenha partido de mim, mesmo que Klara tenha escrito uma carta pública narrando a dor que sentiu com toda esta violência e que eu só tenha escrito sobre o assunto após a carta dela ser publicada.

Mesmo que eu soubesse de tudo desde o início, eu não deveria ter escrito nenhuma linha sobre esta história ou ter feito qualquer comentário sobre algo que não tenho o direito de opinar. Apesar da minha proximidade com o fato, reconheço que não tenho noção da dor desta mulher. E, por isso, peço, sinceramente, perdão à Klara.