Celebridades

Morre Jô Soares aos 84 anos

Por Helio Uchoa |

Morre Jô Soares aos 84 anos
Foto: Reprodução

O ator, escritor e diretor Jô Soares morreu às 2h30, madrugada desta sexta-feira (5), aos 84 anos. O ex-apresentador do ‘Programa do Jô’, exibido pela TV Globo até 2017, estava internado desde 25 de julho no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, para tratar de uma pneumonia.

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A causa da morte ainda não foi divulgada. O enterro e velório do corpo de Jô serão reservados à família e amigos, em data e local ainda não informados.

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Jô desempenhou várias funções ao longo de sua vida: entrevistador, ator, escritor, dramaturgo, diretor, roteirista e até pintor, um de seus principais hobby’s. Ele teve grande relevância no humor, no teatro, na TV, no cinema, nas artes plásticas e na literatura.

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Biografia

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José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. Era o único filho do empresário Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares. Em entrevista ao Fantástico em 2012, Jô comentou que “pelo fato de sempre ter sido gordo, preferia ser mais conhecido pelo espírito do que pelo físico”.

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Na infância, Jô estudou em colégio interno. “Chorava muito. Era uma coisa excessiva, uma coisa de sensibilidade quase gay”, disse ao Fantástico. O motivo era o medo de tirar nota baixa e não ter direito a voltar para casa nos finais de semana. Na escola, seu apelido era poeta. “Sendo gordo e ter o apelido de poeta – acho que já era uma vitória.”

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Aos 12 anos de idade, foi estudar na Suíça, onde ficou até os 17. Lá, passou a se interessar por teatro e shows. Mas plano original não era seguir carreira nos palcos. “Eu pensei que ia seguir a carreira diplomática”, explicou ao Memória Globo. “Mas sempre ia ao teatro, sempre ia assistir a shows, ia para a coxia ver como era. E já inventava números de sátira do cinema americano; fazia a dança com os sapatinhos que eu calçava nos dedos.”

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Aos 12 anos de idade, foi estudar na Suíça, onde ficou até os 17. Lá, passou a se interessar por teatro e shows. Mas plano original não era seguir carreira nos palcos. Como os negócios de Orlando fracassaram, a família retornou ao Rio. Agora, Jô estava disposto a encarar a vocação recém-descoberta.

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A estreia na TV aconteceu em 1958. Naquele ano, participou do programa “Noite de gala” e passou a escrever para o “TV Mistério”, que tinha no elenco Tônia Carreiro e Paulo Autran. Eles eram exibidos pela TV Rio. Já na TV Tupi, fez participações no “Grande Teatro Tupi”, do qual faziam parte nomes como Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Sérgio Brito e Aldo de Maia.

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Em 1960, Jô mudou-se para São Paulo para trabalhar na TV Record. A partir daí, atuou e escreveu para diversas atrações, como “La reuve chic”, “Jô show”, “Praça da alegria”, “Quadra de azes, “Show do dia 7” e “Você é o detetive”. O grande destaque da época foi “A família trapo”, exibido entre 1967 e 1971 todos os domingos. No princípio, Jô apenas escrevia o roteiro – seu parceiro era Carlos Alberto Nóbrega. Depois, ganhou um papel: o mordomo Gordon.

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Pelos 17 anos seguintes, a partir de 1970, Jô Soares ficou na TV Globo. A estreia foi no programa “Faça humor, não faça a guerra”, ao lado de Renato Corte Real (ambos eram roteiristas e protagonistas). Em 1973, surgiu um novo humorístico, “Satiricom”. Já em 1977, foi a vez de “O planeta dos homens”, em que novamente se dividiu entre as funções de ator e redator, com a colaboração de dois de seus parceiros habituais: Max Nunes e Haroldo Barbosa.

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Jô Soares durante gravação de seu programa em 1988 — Foto: Reprodução

Embora “O planeta dos homens” tenha ido ao ar até 1982, Jô se desligou um ano antes, para se dedicar ao seu próximo projeto: o “Viva o gordo”. Quando seu contrato com a Globo venceu, em 1987, Jô Soares foi para o SBT. Ele atribuiu a mudança à possiblidade de apresentar um programa de entrevistas na nova emissora.

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Soares retornou à Globo em 2000, quando estreou o “Programa do Jô”. “Não foi por uma questão salarial, porque a contraproposta do SBT era muito alta”, contou Jô em entrevista.

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Jô Soares atuou com destaque na imprensa e foi um autor best seller. Nos anos 1980, escreveu com regularidade nos jornais “O Globo” e “Folha de S.Paulo” e para a revista “Manchete”. Entre 1989 e 1996, assinou uma coluna na “Veja”.

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Também escreveu cinco livros, sendo quatro romances. A estreia foi “O astronauta sem regime” (1983), coletânea de crônicas publicadas originalmente em “O Globo”. O romance “O Xangô de Baker Street” (1995) liderou as listas dos mais vendidos e foi adaptado para o cinema em 2001. As obras seguintes foram “O homem que matou Getúlio Vargas” (1998), “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” (2005) e “As esganadas” (2011). Venderam muito bem.

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No teatro, Jô ficou célebre por seus monólogos, todos marcados pelo tom cômico e crítico, com sátiras da vida cotidiana e política do Brasil. Os mais conhecidos foram “Ame um gordo antes que acabe” (1976), “Viva o gordo e abaixo o regime!” (1978), “Um gordoidão no país da inflação” (1983), “O gordo ao vivo” (1988), “Um gordo em concerto” (1994) – que ficou em cartaz por dois anos – e “Na mira do gordo” (2007).

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Dentre os espetáculos em que trabalhou como ator nos palcos, estão ainda uma montagem de “Auto da compadecida” e “Oscar” (1961), com Cacilda Becker e Walmor Chagas. Como diretor, esteve à frente de “Soraia, Posto 2” (1960), “Os sete gatinhos” (1961), “Romeu e Julieta” (1969), “Frankenstein” (2002), “Ricardo III” (2006).

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De seus mais de 20 trabalhos no cinema, Jô apareceu em alguns clássicos do cinema nacional, caso de “Hitler IIIº Mundo” (1968), de José Agripino de Paula”, e de “A mulher de todos” (1969), de Rogério Sganzerla. Além disso, dirigiu um filme, “O pai do povo” (1976).

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*informações do Portal G1

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