Uma das maiores figuras do cinema francês, Brigitte Bardot construiu uma carreira marcante e se tornou um ícone cultural do século 20. Mesmo afastada das telas desde os anos 1970, a atriz segue como referência de estilo, atitude e liberdade feminina, além de símbolo de uma era em que o cinema europeu ganhava projeção mundial.
Ao longo da carreira, Bardot participou de mais de 60 filmes e ficou conhecida por personagens ousados para a época, que desafiaram padrões morais e estéticos. Trabalhou com alguns dos mais importantes cineastas do cinema mundial, como Jean-Luc Godard, Federico Fellini, Roger Vadim e Louis Malle, deixando uma marca definitiva na história da sétima arte.
A seguir, relembre alguns dos longas-metragens que consagraram a trajetória de Brigitte Bardot e ajudaram a construir sua imagem como musa do cinema internacional.
E Deus Criou a Mulher (1956)
Brigitte Bardot já atuava como atriz e modelo quando estrelou este filme dirigido por Roger Vadim, seu marido na época. Foi, no entanto, esse longa que a transformou em símbolo sexual mundial. Na história, ela interpreta uma jovem órfã que desperta desejo e controvérsia na conservadora cidade de Saint-Tropez, no sul da França.
Ao Cair da Noite (1958)
Também sob a direção de Roger Vadim, Bardot protagoniza este drama com elementos de romance e suspense. Ela vive Ursula, uma jovem que deixa o convento para morar com a tia e o marido violento dela. O enredo se complica quando Ursula se envolve com um estudante e descobre que ele mantém uma relação com sua tia.
O Desprezo (1963)
Neste clássico de Jean-Luc Godard, um dos nomes mais revolucionários do cinema francês, Bardot interpreta Camille, esposa de um roteirista contratado para adaptar A Odisseia para o cinema. O filme, de forte carga psicológica, acompanha a deterioração do casamento do casal em meio às tensões da produção cinematográfica.
A Verdade (1960)
Dirigido por Henri-Georges Clouzot, o longa traz uma das atuações mais complexas de Bardot. Ela vive Dominique, uma mulher acusada de assassinar o amante. A narrativa se desenrola durante o julgamento, revelando múltiplas facetas da personagem a partir de depoimentos e testemunhos conflitantes.
Histórias Extraordinárias (1968)
Inspirado em contos de Edgar Allan Poe, o filme é dividido em três episódios dirigidos por Federico Fellini, Roger Vadim e Louis Malle. Bardot atua no segmento dirigido por Malle, ao lado de Alain Delon, com quem já havia contracenado em Amores Célebres (1961).
Shalako (1968)
Neste faroeste dirigido por Edward Dmytryk, Brigitte Bardot contracena com Sean Connery. A trama acompanha um grupo de aristocratas europeus em viagem pelo Novo México que invade uma reserva indígena, desencadeando conflitos e situações de perigo.
Bônus: Masculino, Feminino (1966)
Embora não seja protagonista, Bardot faz uma participação especial neste filme de Jean-Luc Godard, que se tornou um retrato emblemático da juventude francesa dos anos 1960 e do contexto social e político da época.