O roteirista e diretor vencedor de dois Oscars pelo longa “Crash — No Limite”, Paul Haggis foi considerado culpado por estuprar uma assessora em seu apartamento, em 2013. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (10). Um júri de Nova York ordenou que ele pague pelo menos US$ 7,5 milhões (cerca de R$ 40 milhões) em indenizações no processo civil.
O veredito veio após um julgamento civil de 15 dias no tribunal estadual de Manhattan. A demandante Haleigh Breest alegou em uma queixa em 2017 que Haggis, conhecido por escrever os filmes ‘Menina de Ouro e Crash — No Limite’, a estuprou depois de pressioná-la a se juntar a ele em seu loft no bairro do SoHo após a estreia de um filme.
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Breest foi uma das quatro mulheres que acusaram publicamente Haggis de má conduta sexual em 2018. O roteirista negou as acusações. Os jurados retornarão ao tribunal na próxima segunda-feira (14) para avaliar as indenizações.
“A justiça foi feita hoje”, disse o advogado de Breest, Ilann M. Maaze, por email. “Estamos muito orgulhosos de Haleigh. Esta é uma grande vitória para ela e para todo o movimento #MeToo.”
A advogada de Haggis, Priya Chaudhry, afirmou que o julgamento não foi justo, já que a corte permitiu o depoimento de outras mulheres que acusaram Haggis, mas que nunca tomaram medidas contra ele.
“Eles usaram isso para distorcer a verdade, assassinar o personagem de Haggis, pintá-lo como um monstro e usar uma estratégia de ‘onde há fumaça, há fogo’“, disse Chaudhry em comunicado.
Em junho, Haggis foi preso pelas autoridades italianas e mantido sob custódia por mais de duas semanas sob a acusação de agressão sexual e lesão corporal agravada. Haggis negou as acusações.