O guitarrista e produtor musical Ximbinha abriu o jogo sobre os bastidores do sucesso estrondoso da extinta Banda Calypso, revelando que o ritmo frenético de trabalho o fez sentir que estava “morrendo”, apesar da fama e da riqueza.
Em uma entrevista franca ao canal “Amplifica”, no YouTube, o músico refletiu sobre o alto preço cobrado pelo sucesso.
“Eu estou em cima do poço hoje. Sei porque já estive no fundo dele. Eu tinha tudo, mas estava morrendo. Não tinha saúde, estava envelhecendo, estava brigando para estar no mercado e trabalhando todos os dias. Jamais faria isso novamente. Paguei muito caro por isso”, desabafou Ximbinha.
O custo da fama inesperada
Ximbinha contou que o sucesso veio de forma tão avassaladora que ele e a ex-parceira, Joelma, não conseguiam processar a mudança de vida.
“A gente que veio de baixo enxerga o sucesso como trabalho. De repente nossa vida mudou muito. Comprei avião, morava em um condomínio muito bom, tinha carro, lancha, barco, tinha tudo. Mas não acreditava que aquilo estava acontecendo com a gente. Foram muitos anos trabalhando todos os dias…”, explicou.
O guitarrista revelou que só teve real noção de sua fama quando a banda terminou, em 2015, e sua vida pessoal e profissional virou manchete.
“Só tive noção de que era conhecido quando a banda terminou. Eu estava no ‘Fantástico’, em todos os jornais, nos sites, nos programas de fofoca. Aí, depois disso, eu me escondi. Agora vou aproveitar tudo que construí e tentar viver um pouco”, completou, indicando uma nova fase de foco no bem-estar.
Relembre: A montanha-russa da carreira de Ximbinha
Nascido como Cássio de Jesus Vieira, Ximbinha marcou a história da música brasileira ao fundar, com Joelma, a Banda Calypso.
Fenômeno Calypso: Ativa por 16 anos, a banda vendeu mais de 15 milhões de CDs e consagrou Ximbinha como um dos maiores ícones da guitarra brasileira, sendo reconhecido até pela Rolling Stone Brasil.
A Queda: O sucesso foi eclipsado pelo divórcio polêmico em 2015, que culminou no fim da banda. A separação, marcada por acusações de traição e violência, transformou a vida do músico em um escândalo midiático.
Após a separação conturbada, Ximbinha tentou seguir com a banda XCalypso, mas sem o mesmo impacto de público e sofrendo com problemas financeiros e dívidas judiciais.
Em 2025, o artista surpreendeu ao se lançar em carreira solo não apenas como guitarrista, mas também como cantor, com a música “Loirinha Vai Que É Sua”.
Além da música, Ximbinha sinaliza uma incursão na política, tendo se filiado ao União Brasil em abril de 2025, focando na reinvenção de sua trajetória.