Opinião Televisão

A reformulação da TV brasileira não está levando para o fim da Globo

A reformulação da TV brasileira não está levando para o fim da Globo
Foto: Reprodução/Globo

Por desejo, por dados ou até mesmo por matérias ditas “tendenciosas”, muita gente acredita que a Globo vai ter seu fim em um futuro não tão distante. Isso se deve às suas baixas e prejuízos recentes.

Como toda empresa, principalmente canais de televisão, há ganhos e perdas. Planejamento, estratégias de marketing, mudanças, entre outros pontos. A reformulação que está acontecendo agora no presente momento nada mais é do que a mudança para o perfil dos que passam a acompanhar a TV. O projeto “Uma Só Globo” (2018-2021) é a prova disso. Desde 2021 o Grupo Globo integrou a operação de alguns dos seus principais veículos. TV Globo, Canais Globo (antiga Globosat), Globo.com, Globoplay e a Diretoria de Gestão Corporativa, se uniram sob uma única razão social, criando empresa “Globo”, na tentativa de se adequar ao novo mercado.

Com um público cada vez mais conectado no universo da internet, quem assiste um telejornal hoje em dia, quer algo mais sintetizado, mais enxuto. Detalhes importantes, mas sem alongar para que o principal o telespectador possa saber.

Isso se aplica também para as áreas de esporte, entretenimento e variedades. Prender a atenção de quem assiste não é somente sobre números, e sim valores. As empresas buscam fazer suas publicidades com destino a certos públicos, variando de horários e outras características.

Números

Não é novidade para o mercado que a Globo é a líder das emissoras diariamente. “Jornal Nacional”, a sua novela das nove, o “BBB”, a novela das tardes, o “Encontro”, o jogo de futebol, não importa. Alguma coisa você assiste na Globo. A exemplo do que foi o “Big Brother”, logo após o encerramento do reality, a emissora carioca seguiu emplacando um bom Ibope na faixa das 22h.

E mesmo que perdesse batalhas para as transmissões de campeonatos internacionais, o canal vem ampliando sua grande, reformulando programas e sempre pensando no interesse do público. Se não fosse assim, a Globo não estava liderando o Ibope.

Se sai um, tem outro

A saída de jornalistas renomados como Carlos Tramontina e Chico Pinheiro acontece de maneira que o público não espera. E se poderia pensar que é o fim da Globo, podemos encerrar essa linha de raciocínio agora. O que não vai faltar são talentos que passam tempos em oculto.

Podemos citar dois exemplos. Quando Evaristo Costa saiu da Globo em 2017, o apresentador do “Jornal das Dez” na GloboNews assumiu a vaga no “Hoje” ao lado de Sandra Annenberg. Não é todo mundo que recebe uma promoção da TV fechada para a aberta.

José Roberto Burnier também foi o beneficiado com a saída de Tramontina, sendo promovido a titular do “SP2”, que possui grande público na Grande São Paulo, chegando acima dos 20 pontos no horário nobre.

Lucros

Um bilhão. De pessoas? De papéis? Nada disso. R$ 1 bilhão é o que a vigésima segunda edição do “BBB” faturou. Mesmo com Ibope menor do esperado, a meta de lucro foi batida com sucesso.

Parcerias com grandes empresas do mercado como a Avon, Americanas, McDonald ‘s e PicPay são frutos de um planejamento bem elaborado. Bem certo que o elenco selecionado não rendeu o que o público gosta. Em específico porque foi imposta expectativa quando estavam lançando os nomes dos brothers.

Próximos passos

No entanto, a Globo não vive só de reality. Neste mês, a emissora lançou uma campanha com a nova programação, com novas dramaturgias, cobertura do jornalismo nas eleições deste ano e os jogos da Copa do Mundo do Catar em novembro.

Para alegria ou tristeza de muitos, não, a Globo não está em crise.