Nesta sexta-feira (10/7), Anitta iniciou mais um projeto internacional com a ótima “Tócame”, parceria com os rappers porto-riquenhos Arcángel e De La Guetto. Voltada ao mercado internacional, a música é um reggaeton contagiante e traz um clipe gravado com drones, mostrando a rotina das pessoas durante a quarentena.
“Tócame” é a primeira amostra do próximo disco de Anitta, previsto para o final de 2020. O álbum tem produção Ryan Tedder, que já trabalhou com Adele, Beyoncé e Bruno Mars. Apesar de já ter material pronto para iniciar os trabalhos do disco, Anitta escolheu “Tócame” como pontapé inicial justamente por conta da situação de quarentena.
O ensaio fotográfico usado em “Tócame” não conversa diretamente com o feito para o novo disco. (Foto: Divulgação)
Ao POP Mais, a cantora comentou sobre o projeto. “Escolhemos “Tócame” por conta da situação de quarentena, embora ‘Me Gusta’ já estivesse gravado. Embora a gente acredite que ‘Me Gusta’ seja uma música muito mais forte, por ter mais produção brasileira. Nós tínhamos uma estratégia de divulgação dessa música, por ter muitos elementos brasileiros, era uma bateria de programas de TV e coisas internacionais que precisariam da minha presença para contextualizar”, explica. “Então a gente preferiu lançar uma outra música, que é “Tócame”. Assim não se arrisca nada e também não fica um buraco nessa quarentena”, comentou.
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Outro assunto bastante comentado redes sociais, foi a diferença entre o ensaio fotográfico utilizado na divulgação do clipe e o resultado em vídeo. Todos estavam perguntando: “Vai ter ou não o look roxo?”. “Não, não vai”, disse ela. “Também por conta da pandemia. Nós tínhamos feito algumas fotos de divulgação para imprensa com minha assessoria internacional. Foram fotos super bem produzidas, com o diretor criativo que fez os últimos ensaios da Lady Gaga”, explicou se referindo à “Me Gusta”. “Então tivemos que usar o material já existente para agora [‘Tócame’], já que não tinha muita estrutura, não podia juntar gente, etc. ‘Me Gusta’ é diferente, já vem com as características do clipe. Já conversa mais com o restante do álbum”. Gravado em fevereiro, na Bahia, a faixa citada pela cantora é uma colaboração com outro rapper forte no mercado latino, Myke Towers. A canção era esperada como primeiro single do A5, e teria uma forte divulgação na semana do Festival Coachella, onde brasileira seria uma das atrações.
Quanto as parcerias do novo projeto, ela explica que não teremos muitas. “Nesse álbum não vai ter muita parceria, a não ser que meu manager venha com umas surpresinhas em cima da hora, mas a minha ideia não era de ter parceria”, disse a cantora.
Ainda sem título revelado, o novo disco da carioca trará elementos brasileiros na sonoridade, mesmo com a maioria das músicas sendo cantas em espanhol e inglês. Uma das faixas, inclusive, falará sobre a descoberta do novo irmão de Anitta, no ano passado. “Eu misturei muita coisa brasileira, muita do Rio e da minha vida pessoal. Por exemplo, uma das músicas, que é a minha preferida do álbum, inclusive, quando eu estava escrevendo no estúdio, foi quando eu descobri pelo jornal que eu tinha um novo irmão, o Felipe. Quando eu “descobri” o Felipe, foi exatamente neste dia. Eu estava no estúdio, a gente estava escrevendo essa música, que é a minha preferida, que tem muito de Brasil, muito da minha vida em Honório [Gurgel], estava falando bem da minha vida, bem da minha infância em Honório, e do nada eu comecei a ver mensagens no celular sobre isso. E eu fiquei muito feliz. Eu amo a minha família e sempre quis ter mais irmãos. E aí eu fiquei feliz, mas de um jeito em que eu não conseguia mais me concentrar na música. Pulava, chorava, mandava mensagens pra ele, pro Felipe. A gente nunca tinha se falado, foi a primeira vez que eu falei com ele. E os produtores, que são Stargate que já fizeram um álbum do Coldplay, eles disseram: ‘coloca isso na letra’. E colocamos isso na letra, em inglês. Então as músicas estão muito pessoais e com um som muito brasileiro, então eu não me sinto à vontade de colocar muitas pessoas nesse álbum.”, dissertou.
Perguntei ainda se lançar disco para o mercado internacional traz o mesmo sentimento, aquele frio na barriga, de quando começou na Furacão 2000. Ela respondeu em tom de orgulho, relembrando a sua brilhante trajetória até aqui. “Não, porque eu pus na minha cabeça de não me sentir mais pressionada. Eu ficava pensando nisso, com medo. Falava ‘tem que dar certo, tem bombar, etc.’. Mas eu parei pra pensar. Eu tenho 27 anos e já fiz muita coisa incrível, gravei com Madonna, Pharrell, Snoop Dogg, a Mariah Carey me conhece, meus ídolos conhecem meu trabalho. Então, eu não estou criando expectativa, estou apenas tentando fazer algo de que me orgulhe. E eu me orgulho muito!”, explica. “Este é o álbum que eu mais amo na vida, é um sonho. Tá muito lindo!”, comemora.
Anitta finaliza falando que hoje se sente realizada. “Seeu fosse Deus e olhasse pra mim e visse ela frustrada ou reclamando de alguma coisa, eu ia ficar muito put*. Ia falar ‘você nunca está satisfeita?. Olha tudo o que já aconteceu!’ Estou tentando enxergar por esse lado. Então claro, se acontecer coisas ‘maras’ ótimo, se não acontecer ‘mara’ também. Tenho que ser justa com tudo o que já aconteceu comigo, mas obvio que vamos continuar trabalhado. Com certeza!”, concluiu.
