A atriz Jade Mascarenhas, da Globo, foi vítima de um assédio em uma viagem de ônibus na última sexta-feira (10). Ela deu um relato com detalhes do que ocorreu dentro do coletivo e sobre o destino do assediador.
“Um senhor, com idade para ser meu pai e quem sabe até avô, me assediou verbalmente e sexualmente, numa viagem que já estava durando 12 horas e todos estávamos exaustos”, diz ela.
“É com muito constrangimento e raiva que venho dar esse relato e espero que ele se faça útil e que eu como várias outras vítimas tenhamos acesso à justiça. Eu sei que o meu caso de ser acolhida tão rápido é raro”, seguiu.
“No último dia 10, eu voltava de ônibus para São Paulo após ter ido visitar meu namorado no Rio. Um senhor, com idade para ser meu pai e quem sabe até avô, me assediou verbalmente e sexualmente, numa viagem que já estava durando 12 horas e todos estávamos exaustos”, relata.
A participante do elenco da produção do elenco de ‘As Five’, série do Globoplay, diz que o assédio foi tanto verbal quanto físico, e que ele foi preso na rodoviária após o encerramento da viagem.
“Um homem de 55, 60 anos, reparou que eu estava sozinha na cadeira, perguntou se tinha alguém do meu lado e eu prontamente disse que não. Então ele sentou ao meu lado”, citou.
Totalmente constrangida, ela explica sua tentativa de fugir do assediador: “O homem falou coisas horríveis pra mim. Entre elas, que eu tinha cara de bebezinha, que ele gostava disso. Esse homem me apalpou, encostou em mim. Eu fechei os olhos, eu já tinha colocado uma mochila no meu colo, com medo de que ele encostasse em mim novamente, como uma tentativa de me proteger”.
“E eu acordei prontamente com o indivíduo tentando me beijar à força. Eu tomei um susto e fiquei em estado de choque. Mas eu fiquei tão coagida, que eu ainda bem que tinham pessoas em volta pra me ajudar”, disse Jade.
Além do auxílio à Mascarenhas, os outros passageiros chamaram a polícia para o senhor sem identificação revelada, e que este disse que iria processar a atriz por calúnia e difamação.
“Eu fui acolhida pelos passageiros, pela polícia e pela empresa, mas sigo me perguntando o que eu poderia ter feito para evitar, me sentindo impotente. Um agradecimento especial aos 4 passageiros que decidiram ir até a delegacia testemunhar para mim, e para isso abriram mão dos seus compromissos, para irem buscar justiça comigo”, concluiu.
