Boninho tenta acender um reality que em sua vigésima terceira edição, não conseguiu emplacar na audiência. Com mais de cinco semanas no ar, o ‘Big Brother Brasil’ ainda não entrou no ranking das três atrações mais vistas do dia da emissora.
O diretor de variedades que está à frente do programa, lança sua semana turbo, com eliminação relâmpago e Big Fone com poderes no paredão que vão movimentar o jogo e virar do avesso as relações entre os brothers.
Mas vale o questionamento: a tentativa é válida? Com mais de um mês no ar, o público do sofá ainda não aderiu à edição deste ano do BBB. O programa que é considerado um sucesso na internet, não consegue ter a mesma energia na televisão, em especial de metrópoles de forte alcance, como a Grande São Paulo.
Pontos e comentários que giram em torno da casa do programa, a depender da temática, tem fortes chances de ter repercussão aqui fora. E vão além, com comentários, VAR, vídeos, fotos e tudo em relação ao que rola dentro do jogo.
Grandes páginas inclusive com o poder, ou quase, de conseguir tirar um brother de dentro do jogo na primeira queda ao paredão. E claro que não é de hoje que a internet exerce um forte papel na eliminação de participantes de realities. Vale lembrar que em prol do jogo e do entretenimento, há alguns erros nas miras dos influencers.
E quem espera de domingo a domingo pela edição da noite do programa com um resumo do que aconteceu ao longo do dia no BBB, não fica a par de tudo que aconteceu e que a produção da atração acaba não exibindo.
Convenhamos também que essa espera vem diminuindo nos últimos anos. Ou mais precisamente depois da edição de 2020 do reality da Globo. A campeã da edição seguinte emplacou um sucesso tremendo que até lançou carreira musical, fruto de sua participação no programa, que ainda pegou um país meio confinado em função da crise de saúde ter se agravado novamente e com atraso na vacinação.
Boninho busca planos
Hoje o que se vê são alternativas antes de ‘jogar a toalha’ de vez. Afinal, quem consegue patrocínio de milhões de reais tem suas responsabilidades. Isso porque quem quer sua marca exibida no programa, acorda com a emissora para fazer publicidade em uma atração que até então era o ‘queridinho’ do público.
E isso não chega a ser culpa da líder de audiência. Realities vem se tornando uma missão para quem deseja acompanhar. Esperar semanas e semanas na formação de um jogo, de desenvolturas e desdobramentos para se ter um vencedor.
Algo que já foi notório, hoje é vitrine. Sim, ainda do mercado publicitário, mas em um nicho específico, que é o público da internet. Quem entra em um programa como o BBB, ou melhor, quem aceita o convite, nunca está apenas na busca de R$ 1,5 milhão para o bolso.
Há quem tenha interesse em lançar uma carreira na música, ou dar impulso em sua marca, comercial e afins, ou ainda alavancar seu público nas mídias digitais, gerando mais publicidade e claro, mais grana na conta.
O senhor Boninho tem uma árdua tarefa em impulsionar o Ibope, já fracassado, do ‘Big Brother Brasil’. Isso trará reflexos nas próximas edições e na busca de marcas para anunciar no programa.