A gaúcha Júlia Gama, candidata do Brasil ao Miss Universo 2021, ficou em segundo lugar no tradicional concurso de beleza. A vencedora desta edição foi a mexicana Andrea Mesa.
Este ano o concurso teve 21 semi-finalistas pela primeira vez e extinguiu o sistema recente de finalistas por continentes, que escolhia 5 de cada região entre Américas, Europa e Ásia/África/Pacífico. O formato mostrou fazer diferença, já que entre as 21 finalistas, 12 eram da América, 7 da Ásia, África ou Pacífico e apenas 2 europeias.
A vencedora da competição de Trajes Típicos foi a candidata de Myanmar, que usou a ocasião para chamar atenção para a situação de seu país, que vive uma Guerra Civil. Thuzar Wint Lwin teve sua bagagem extraviada na viagem para a Flórida e perdeu o traje que usaria na competição, e acabou subindo ao palco com uma roupa tradicional do país e uma placa pedindo “Orem por Myanmar”.
Na tradicional fase das perguntas, Júlia foi questionada: “Mulheres ainda são consideradas incapazes de ser líderes mundiais, convença o mundo do contrário”.” “Mulheres são uma parte muito importante da nossa sociedade e só porque não somos encorajadas da mesma forma que homens são, nosso potencial é desperdiçado. O mundo precisa da contribuição das mulheres porque estamos aqui por um motivo e eu convido todas as mulheres a entender que somos as líderes das nossas vidas e sim, podemos fazer muito por nossas comunidades. Então por favor, usem seu poder”, disse ela.
Apesar de ter se classificado entre as semifinalistas todos os anos desde 2011, essa é a primeira vez desde 2013 que o Brasil chegou ao Top 5. A última brasileira a chegar na posição foi Jakelyne Oliveira.
O Brasil levou a coroa em 1963, com Iêda Maria Vargas, e em 1968, com Martha Vasconcellos. O mais próximo que chegou depois disso foi um segundo lugar em 1972 e em 2007, com Rejane Goulart e Natália Guimarães, respectivamente.