Televisão

Atraso no Censo do IBGE na gestão de Bolsonaro trouxe prejuízos às emissoras de TV com Ibope desregulado

Atraso no Censo do IBGE na gestão de Bolsonaro trouxe prejuízos às emissoras de TV com Ibope desregulado
Foto: Reprodução

O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sofreu um grande atraso em sua realização, trazendo prejuízos aos canais de televisão, já que a tabela de audiência não correspondia ao número real de habitantes.

O levantamento feito a cada 10 anos deveria ser realizado em 2020, mas por conta da pandemia de covid-19, precisou ser adiado e só foi iniciado no ano passado. A demora na colheita de dados trouxe impactos diretos às grandes mídias comunicativas.

O Kantar Ibope Media fez a atualização de pontos no Painel Nacional de Televisão e na metrópole de São Paulo. A tabela já está atrasada em razão da demora na divulgação dos dados do Censo, que em prévia mostrou que o Brasil possui 208 milhões de habitantes.

A definição em como o ponto de Ibope passa a valer vai a partir dos dados do governo federal, como o Censo do IBGE. Como são menos pessoas que o previsto pela Kantar Ibope Media, menos pessoas seriam necessárias para formar 1 ponto, elevando a audiência dos programas de TV.

As que mais sofreram impactos seriam os canais da TV paga, com cancelamento de atrações ou perda de cotas por conta de números artificiais. A atualização correta da tabela do Kantar deveria acontecer em 2021 se o Censo tivesse acontecido no ano anterior.

A instituição medidora do Ibope não tem culpa do ocorrido, já que a responsabilidade do levantamento do IBGE ficou a cargo do governo federal, chefiado por Jair Bolsonaro. Além da pandemia, o presidente alegava falta de recursos para custear os recenseadores.

A nova tabela seguirá como divulgada pela Kantar, mas segundo o NaTelinha, a atualização com dados reais fornecidos pelo poder público irão vigorar somente em 2024.