Criolo, Dino D’Santiago e Amaro Freitas, três artistas lusófonos. Criolo nascido e criado no Grajaú, bairro de periferia na zona sul de São Paulo; Dino D’Santiago filho de pais cabo-verdianos, naturais da ilha de Santiago, nasceu no Algarve, Portugal; e Amaro Freitas, brasileiro natural de Nova Descoberta, bairro do Recife.
Este trio, com histórias territoriais diferentes, resolveu reunir suas principais semelhanças, características e vivencias a fim de criar uma conexão entre Brasil e Cabo Verde, trazendo ao público o single “Esperança”.
“Um encontro potente que só a música poderia proporcionar, Nova Descoberta, Grajaú e Cabo Verde unidos através da ancestralidade da deusa música”, fala Amaro Freitas.
“Esperança” expressa um profundo anseio por superação das adversidades históricas e contemporâneas, mesclando elementos de poder e cultura para refletir sobre identidade, desigualdade e busca por justiça. Através de símbolos que variam entre o sagrado e o profano, a obra critica a repressão e a censura, ao mesmo tempo em que clama por redenção e liberdade, evidenciando o desejo de honrar as lutas e sonhos dos ancestrais.
“Essa canção é uma grande celebração de encontro desses artistas magníficos. Dino d’Santiago é uma personalidade mundial, é uma pessoa que tem uma importância muito grande em seus países, uma pessoa que propõe levar a cultura de Cabo Verde para o planeta, além de ser um grande poeta e uma voz inconfundível que emociona a todos. A gente consegue provocar esse encontro com Amaro Freitas, que é um fenômeno brasileiro, mais um brasileiro do nordeste levando uma música tão especial, um tipo de mistura de alma com sonoridade e com o chão de Pernambuco”, comenta Criolo.
Em essência, a música é um manifesto dos três artistas por reconhecimento, igualdade e transformação social, encapsulando a complexidade da experiência humana diante dos ciclos de opressão e resistência.
“Todas essas energias se reúnem com um pouco desse Grajaú, dessa zona sul de São Paulo. Com tanto do que são esses olhares que constroem cada periferia do Brasil. Então, todas essas formas e gestos estão condensadas nessa faixa que leva o nome de ‘Esperança’, pois é isso que carregamos em nossos corações, nós acreditamos no ser humano e nas transformações”, completa Criolo.