Quem nunca sonhou em ser um super herói, sair voando por aí, ter super poderes, salvando pessoas e etc. ? Shazam retrata muito bem essa experiência e nos coloca para viver as aventuras de Billy Batson (Asher Angel) que és um herói que se parece tanto conosco que ganhou de vez o carinho do público.
Shazam!, O novo filme do universo cinematográfico da DC Comics, captura os espectadores pelo pescoço desde o início, algo que já sabíamos desde os primeiros trailers, mas tinha deixado muitos fãs com medo pela fama da gigante dos quadrinhos de “só saber fazer trailers bons.” Mas dessa vez a DC acertou em cheio ! Estamos diante mais uma vez de uma história de grandeza e poderes místicos, oriundos de um passado distante e vindos diretamente dos deuses do Olimpo. Entretanto, ao contrário do que acontece com Superman ou Mulher-Maravilha, com suas origens especiais, Shazam pode ser qualquer um de nós !
Muito por conta dos eventos que o levam a se tornar um herói, a última e desesperada tentativa de um mago antigo de combater o mal representado pelo Dr. Silvana (Mark Strong), um início criado por suas próprias atitudes que vem muito do trauma do passado. Na busca da maior pureza possível, o feiticeiro viu seus irmãos caírem e, por fim, deu origem a própria ameaça que, agora, nem ele próprio é capaz de combater.
Um ponto importante para se destacar é que foram precisos 6 filmes com o Homem-Aranha como protagonista para que o ótimo homem aranha no aranhaverso acontecesse. Com personagens tão bem explorados, a animação pôde ousar dentro de seu universo. Shazam! toma para si a mesma ousadia, mas protegido justamente pelo contrário. O pouco conhecimento do grande público sobre o que cerca o personagem é usada como trunfo para explorá-lo sem ter vergonha de errar o arrojo. Assim, o filme usa e abusa da mitologia, misturando as suas mais diversas versões, dando evidências ao longo da caminhada, mas sem entregar suas surpresas ao espectador mais atencioso.
A batalha final do filme é um momento a se considerar. Além de uma agradável surpresa que só contribui para a ação e humor do filme continuarem a entreter ao máximo o seu público, há um ponto que pode ser considerado uma leve quebra de expectativas. Em momento algum o filme se propõe a ser épico, mesmo um Shazam com pouca ciência de si, pressupõe um alcance maior do que o palco no qual ela fica concentrada. Novamente, a busca pelo qual o vilão tem uma forte fixação pode explicar, entretanto, isso pode gerar um leve estranhamento para alguns olhares.
Shazam é a escolha comercial mais acertada da DCEU até o momento. Talvez não em questão de bilheteria, mas de mostrar ao público mais receoso, após alguns fracassos de críticas e divisores de opiniões, de que ela é capaz de dar ao povo o que ele quer.