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ENTREVISTA | CHAMELEO rompe barreiras do preconceito e conquista seu espaço no mainstream nacional

Se aventurando no gênero indie pop, CHAMELEO traz consigo uma proposta mais pop para o lançamento de “Você Me Fu**” A música, que tem batida eletrônica, sensual e vibrante, fala sobre um relacionamento conturbado e intenso. Já o clipe é conceitual, com referências ao movimento de arte Neo-futurista, além de enaltecer a sensualidade, com grandes pitadas ao longo das cenas. Com direção de Junior Scoz na concepção visual das cenas e Fernando Hideki, na dinâmica e movimento.

O artista que não sente mais medo de ser quem é, respondeu algumas perguntas e revelou ao nosso portal, um lado sensível e descontraído. Superando todos preconceitos rompendo barreiras para se expressar livremente, CHAMELEO comenta que passou por quimioterapia, e durante a sua ascensão musical levanta com orgulho a bandeira mais colorida da sociedade. Confira a nossa entrevista exclusiva:

ENTREVISTA | CHAMELEO rompe barreiras do preconceito e conquista seu espaço no mainstream nacional

No seu novo single, “Você me Fu”, ele aborda um relacionamento conturbado que poderia acontecer facilmente a qualquer um. Essa canção é autobiográfica?

— VMF é mais autobiográfica impossível haha tenho tendência a me abrir rápido demais e acho que assusta um pouco. Daí acabo que levo um pé na bunda, sofro uns dias, escrevo uma música e passa. Próximo rs. — Nos confidenciou Chamaleo, de peito aberto.

Como está sendo a recepção deste seu novo single? Você acredita que esse é o caminho certo para trilhar?

— Ainda estou passado com a recepção da música, ver tanta gente compartilhando, artistas que eu admiro, pessoas se identificando, é realmente emocionante pra mim, ainda mais com essa música que é tão “eu”. Respondeu a primeira parte da pergunta. — O caminho é certo quando você se entrega por completo e faz algo com amor, um passinho de cada vez, e sinto que sempre estive nesse caminho. Concluiu.

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Além das relações amorosas, sobre o que mais você gosta de cantar?

— Eu canto muito sobre auto descoberta de uma forma geral. Aceitação, Experiências, relações, sexo, ansiedade. Depende muito do momento em que estou, mas sempre vem e forma de desabafo.

As suas referências musicais são muito visíveis, o indie/pop é um gênero que tem ficado em bastante evidência no mercado fonográfico internacional. Mas quais são as suas inspirações nacionais?

— Eu escuto de tudo, sempre amei muito Os Mutantes, que continua sendo minha banda da vida. Me inspiro em artistas LGBTQIA+ independentes que estão no corre e não tem uma visibilidade tão grande ainda, e com certeza na Pabllo [Vittar] que é a maior referência de garra, conquista e de quão longe um artista LGBTQIA+ pode chegar.

Com toda essa visibilidade que você vem recebendo do grande público, consegue projetar onde sua carreira vai estar no período de um ano?

— Espero que em um lugar sem Covid, fazendo shows e com muitas músicas lançadas.

Quais são os seus planos nesse espaço de tempo?

— O plano é lançar mais alguns singles esse ano, colaborar com outros artistas e fazer muita música.— Comentou sem dizer quem seriam esses artistas, provavelmente uma agradável surpresa.

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A pandemia do Covid-19 tem afetado muitos artistas, como você está conciliando sua carreira com a quarentena? Está compondo, escrevendo, divulgando, etc?

— Agradeço pelo privilégio de poder ficar em casa, e esse tempo além de muita reflexão, estou sendo muito produtivo e me virando pra produzir via ZOOM, compor, planejar.

O Brasil é um dos países que mais comentem crimes de homofobia no mundo. Você se tornando agora uma figura, tem algum medo dos ataques que estão por vir? E como pretende lidar com os famosos ‘haters’?

— Eu carreguei o medo por muito tempo, medo de cantar, de sair na rua, de ser eu mesmo. Há 2 anos fiz um pacto comigo mesmo, quando terminei a quimioterapia eu prometi que a palavra medo não faria mais parte do meu dicionário. E cá estamos. Esse hate eu já senti desde a época da escola, lá atrás, sendo gay mais afeminado é algo que você aprende a lidar com o tempo, hoje lido na comédia rs— e para descontrair ele diz — adoro um deboche.

 Se você pudesse escolher alguém para um feat, internacional ou nacional, qual seria?

— Rosália ou Pabllo Vittar! — Respondeu ele bem entusiasmado.

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Twitter/Reprodução

 Qual é a mensagem que você gostaria de entregar para quem ainda não te conhece?

— Que deem uma chance pro novo, pro diferente, pros artistas independentes que ainda não tem tanto
reconhecimento e visibilidade. E que conheçam meu trabalho, meus clipes anteriores… ‘Você me fu**’ é um capítulo novo , mas esse livro eu já comecei a escrever há um bom tempo.

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Com apenas 26 anos, o cantor nascido em Curitiba, é uma das grandes apostas do cenário indie pop no Brasil. CHAMELEO é apaixonado pelo meio artístico e suas diversas facetas, além de sempre explorar seu lado criativo e sua proximidade com o mundo da moda. O cantor é uma eterna metamorfose, sempre pronto para novas descobertas, permitindo-se ao novo, ao desconhecido.  Confira o mais novo trabalho desse artista que vem conquistando cada vez mais seu espaço no cenário musical: