Nesta sexta-feira (15/5), o Melim liberou o álbum “Eu feat. Você“, mostrando um amadurecimento musical do trio, que já tem nome consolidado na cena pop nacional.
O trio, que soma mais de 5 milhões de inscritos no canal da banda no YouTube e 4 milhões de ouvintes mensais no Spotify, apresenta um novo disco divido em duas partes. A primeira, com oito faixas, teve um videoclipe para cada, além de um documentário.
Nós tivemos a oportunidade de conversar com o Diogo Melim, antes do lançamento, e ele contou tudo sobre a novidade.
Desde o seu primeiro álbum, vocês amadureceram musicalmente, e isso está evidente em “Eu feat. Você”. Quais as principais mudanças que os fãs podem esperar nesse novo álbum?
Diogo Melim: No primeiro álbum nós fizemos praticamente dentro de casa. Não fazíamos shows ainda. Tinha-mos um EP lançado, que começou a tocar nas rádios em março de 2018. Depois que a gente estourou, nós adquirimos novos aprendizados, ensinamentos. Esse álbum de agora representa o que a gente é no momento, depois de toda essa intensidade do que a gente viveu. Musicalmente falando esse é um álbum mais pop, nós temos algumas músicas específicas que saem de dentro da casa, principalmente “Eu feat. Você”. Apesar das musicas manterem a mesma essência, nosso álbum está cada vez mais maduro musicalmente. Estamos cada vez mais assertivos do que a gente quer passar. Neste álbum a gente teve um pouco mais de controle do resultado do que o primeiro. Por entender mais, conhecer mais as características das músicas. É uma fase em que a gente está em um outro patamar de banda, de carreira.
E porque a faixa-título como primeiro single?
“É sempre muito complicado escolher qual música do disco a gente vai trabalhar. Cada uma é especial de uma maneira. ‘Eu feat. Você’ representa o que o álbum é como um todo. Não apenas por ser uma música de trabalho, mas por representar o que a gente quer passar. É a primeira musica festiva que nós vamos trabalhar”.
“Uma das coisas que mais me motiva, uma das melhores partes do processo, é quando você joga o material no mundo e você começa a enxergar seu trabalho pelos olhos de outras pessoas. Tudo se torna muito maior. As música tomam uma conotação tão grande na vida de tanta gente, e tudo se torna muito maiores. Nós recebemos muitos e muitos vídeos e história com as pessoas falando sobre as músicas, e é muito interessante porque são sempre coisas diferentes”.
Como surgiu a ideia de ir pra fora do país? E as parcerias?
“O nosso primeiro álbum nós gravamos no Rio de Janeiro, e o segundo nós gravamos as vozes lá também. O Lelê, que é um dos nossos produtores, trouxe a ideia de gravar o disco no exterior. E deu muito resultado pra gente. Nós gravamos no mesmo estúdio que grandes artistas, como Frank Sinatra, John Meyer. Você se sente parte de algo maior. A música que a gente faz hoje é a ponta de um iceberg de pessoas que trouxeram essa musicalidade, como Lulu Santos, que está no álbum. Então, como artista, a gente sente toda essa ancestralidade da música. O Lulu é um cara emblemático para a nossa música, para o nosso pop. Foi uma participação que surgiu muito naturalmente, nós convidamos ele lá dos Estados Unidos mesmo. As outras parcerias também surgiram muito naturalmente, o Rael e o Saulo são incríveis. O Saulo nós nos conhecemos em um show, e ficamos encantados com a energia dele.
Com a pandemia, como se deram as gravações dos clipes e as participações?
“Como a gente gravaria as participações após retornar ao Brasil, e quando chegamos a pandemia já estava forte, com quarentena, etc. Os artistas gravaram de casa, e nós importamos no nosso projeto. No nosso caso, quando nós fomos para Los Angeles ainda não se falava de coronavírus, então nós conseguimos gravar algumas imagens externas, são cenas orgânicas, a gente vivendo brincando, comendo”.
E por que lançar em duas partes o álbum?
As 15 músicas do álbum são bem diferentes entre si. Algumas poucas tem uma similaridade, mas não diria que há uma grande diferença entre a primeira e segunda partes. Mas a divisão foi mais uma decisão estratégica.
Escute a entrevista: