Negra Li é, sem dúvidas, um dos maiores nomes do rap nacional. Dona de uma voz ímpar, carisma e atitude, a cantora desponta como uma das principais artistas femininas no Brasil.
Com mais de 20 anos de carreira, a paulista esteve na Virada Cultural de São Paulo, no último domingo(19), apresentando as faixas do seu mais recente disco, chamado “Raízes”.
Ela conversou com o POP Mais, e falou sobre o show, a história do disco e inspirações. Confira:
1) Durante esses anos de carreira, você tem participado de várias edições da virada cultural por diversas cidades de São Paulo. Como é a sensação de ser um dos principais nomes desse evento na capital? Sente uma responsabilidade maior?
A virada cultural é um evento importante por ser gratuito e proporcionar diferentes formas de arte e entretenimento pra população, me sinto honrada em poder participar desse evento ao lado de grandes artistas e jovens talentos.
2) Como se deu a escolha do título de seu último álbum, “Raízes”? Tem alguma história por trás?
O nome veio naturalmente, pensamos muito no fato de eu estar retomando minhas raízes. Retomando as raízes do rap, as raízes da periferia, as raízes negras, tudo isso estava lá quando fizemos a produção do disco e foi o que mais marcou, trazer as raízes de volta ao meu trabalho.
3)Antes do “Raízes”, você estava sem lançar álbum há alguns anos. Como é o seu processo de envolvimento em um trabalho completo desses?
Cada disco que lancei marcou uma fase na minha vida, é um processo interno bem grande porque envolve os momentos que passo na vida pessoal. A ideia deste disco nasceu junto com o Nascimento do Noah, meu segundo filho, e a sensação de estar começando um novo ciclo.
4) Seus sucessos solo são ótimos e conhecidos, mas você também parece gostar de fazer parcerias musicais. Geralmente você quem escolhe o pessoal com quem colabora ou costuma rolar mais convites por parte deles?
Costumava rolar mais convites por parte deles ,hoje eu também tenho convidado muitos. Recentemente Seu Jorge, Rael, Gaab, Cinthia Luz e Glória Groove!
5)Ainda falando sobre parcerias e colaborações, quais você tem vontade de fazer e ainda não teve oportunidade? Há algum artista ou figura nacional que tem te inspirado recentemente?
Sobre parcerias quero muito Jorge Ben Jor, ele é um dos meus ídolos inspiradores e seria mágico. Lauryn Hill também é outra parceria que quero fazer. Quando a nomes nacionais, a grande Elza Soares, D’javan, Seu Jorge, Sandra de Sá, Elis Regina, a lista é grande.
6)Quais os seus ídolos internacionais?
Gosto muito de cantores artistas que lembram minhas raízes, como Bob Marley, Lauryn Hill, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Steve Wonder, Thelonious Monk, Miles Davis, Herbie Hancock , Michael Jackson, Aretha Franklin entre outros.
7)Em tempos de pautas e debates políticos tomando cada vez mais as redes sociais, como você lida com isso? É algo que você considera natural na sua vivência?
Vivemos um momento difícil para o nosso país. Sempre usei a música pra propagar a mensagem de união e consciência independente de ideologia política ou partidária mas lutando sempre por um mundo melhor para todos.
