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Ex-Dominó, Afonso Nigro critica falta de diversidade no cenário atual da música brasileira

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Crédito: Reprodução

O ex-membro do grupo pop dos anos 80, Afonso Nigro, usou suas redes sociais para expressar seu descontentamento com a atual configuração da música brasileira.

Em um vídeo, falou sobre a escassez de diversidade nos gêneros que dominam as paradas no país, fazendo um comparativo com a situação o exterior que oferecem um leque de outros estilos musicais –  rock, country, pop, eletrônico, rap, metal e reggae.

“Aí corta para o Brasil. Nosso cenário musical atual. Vivemos num sistema que basicamente obriga a gente a ouvir dois tipos de música. São estilos que se conectam com muita gente e eu respeito isso. Mas o meu ponto é: por que os outros estilos, de maneira geral e de maneira escalada, sistêmica, não conseguem chegar mais até a gente?”, disse em determinado trecho da gravação.

Nigro aproveitou para fazer duras críticas às “fazendas de cliques”, que produzem reproduções artificiais em plataformas de música e lamentou a suposta falta de novos nomes na música que se comparem à Cazuza, Renato Russo, Milton Nascimento e Djavan. Ele se questionou ainda se realmente existem novos talentos que são impedidos de crescer devido ao sistema que os critica.

Afonso afirmou ainda, utilizando uma citação sobre o filósofo Yuri Mocellin, que “música é um padrão vibracional puro” e refletiu sobre os impactos disso no meio cultural e nos gostos musicais.

“Aí a gente precisa se perguntar: em que estado vibracional estamos nos colocando? Porque a música que escutamos, como ele reforçou e eu concordo, vai determinando, vai moldando na gente, na cultura em geral, a qualidade do que é belo, do que é bom”.

O cantor finalizou seu desabafo afirmando que as pessoas são frequentemente “obrigadas” a consumir o que lhes é apresentado.