Música

“L’amour”, de Déa Diell, mistura sonoridades vintage com atuais, mostrando que o amor é atemporal

“L’amour”, de Déa Diell, mistura sonoridades vintage com atuais, mostrando que o amor é atemporal
Frame visualizer: Jesus Mendes

Apaixonada por misturar sonoridades sem medo de ousar, Déa Diell é uma artista nova que transita entre o pop alternativo e a MPB “fresh”. Essa versatilidade a faz ir dos ritmos mais modernos, presentes nos singles “Te Vejo”, feito com Amanda Coronha, e “Rainha”, para um clima de trilha de filme, como na recém-lançada “L’amour”, canção que mistura elementos vintage com atuais, e tem a participação do naipe de cordas de músicos que tocam na OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo).

“Eu amo fazer a ligação entre o passado e o presente, para provocar nas pessoas uma lembrança boa, e acessar nelas emoções escondidas, guardadas”, diz . “Minhas referências são bem misturadas e vão de Tim Bernardes, Gilsons, Bon Iver, passando Daniel Caesar, Billie Eilish e Patrick Watson.”

Ao lado do renomado produtor Beto Villares (conhecido pelas trilhas de cinema e por lançar a cantora Céu), Déa se arrisca a abordar temas não muito convencionais, que se misturam com sua espiritualidade. Nesta música, escrita juntamente com Bibi, Bárbara Dias, Marianna Eis, ela fala de amores de outras vidas. Assim, a cantora pretende tocar na sensibilidade das pessoas, principalmente nestes tempos difíceis e estranhos que a humanidade está passando e, consequentemente, deixando de sentir. “Essa música fala sobre amores de outras vidas. Ela mexeu muito comigo, porque já nasceu como uma valsa e me levou pra um século distante e nostálgico”, revela.

Para acompanhar essa nostalgia, o visualizer dirigido por Pedro Fiorillo (responsável por vídeos da Vogue e Day Limns) segue uma estética cinematográfica clássica. Suas nuances inspiracionais traduzem o sentimento expressado na letra, traz reflexões e convida para uma dança leve.

“Quando fui produzir o visualizer e decidi usar as cartas de amor dos meus ancestrais do século passado, entendi que a música tinha um papel maior: de homenagear essas gerações e suas histórias. E desde então, tenho sentido uma força diferente. Quando realmente paramos para honrar nossos ancestrais, tenho certeza de que eles nos escutam e se sentem reverenciados de onde quer que estejam.”

Equilibrar o antigo com o contemporâneo faz parte das características artísticas de Déa, e arquiteta o conceito do EP “Ansiosa”, desenvolvido por ela, ao lado de Beto e de Roberto Pollo (Tiago Iorc). O projeto será composto pelos três singles já apresentados e outras faixas inéditas.