O rapper P. Diddy está preso desde 17 de setembro sob suspeita de uma gama de crimes que incluem tráfico sexual, extorsão e associação criminosa. Agora, advogados do caso apontam que ele é somente uma “das pessoas poderosas” que têm envolvimento no que está sendo apontado como o maior escândalo da indústria fonográfica estadunidense.
Tony Buzbee, que representa mais de 100 supostas vítimas de P. Diddy, afirmou que eventualmente será divulgada uma lista com os ‘cúmplices’ do rapper. Ele diz que alguns desses nomes também são agressores.
Veja as letras e traduções do P. Diddy
Letra e tradução do mega hit de P. Diddy
“Vamos expor os facilitadores que possibilitaram essa conduta atrás de portas fechadas. Iremos prosseguir com este assunto, independentemente de quem as provas impliquem”, afirmou Buzbee em uma coletiva de imprensa na última terça-feira (1/10).
“Chegará o dia em que nomearemos outros além de Sean Combs, e há muitos nomes. Já é uma lista longa, mas devido à natureza deste caso, vamos ter certeza – certeza absoluta – de que estamos certos antes de fazer isso”, continuou o advogado. “Os nomes vão te chocar”, adicionou ele.
Processos em mais estados
Tony Buzbee ainda afirmou que a equipe irá entrar com mais processos, em outros estados nos EUA e que, futuramente, vão identificar publicamente os réus, à medida que as investigações avancem.
“Essas pessoas, que sabem quem são, deveriam se apresentar agora. Imagino que enquanto falamos aqui, há uma infinidade de pessoas que estão muito nervosas. Você não pode esconder esqueletos no armário para sempre. Eu esperaria que houvesse muitas pessoas por aí agora que estejam procurando desesperadamente suas memórias enquanto excluem seus textos e dados”, completou.
Vítimas de Diddy tinham entre 9 e 38 anos
Ainda na coletiva de imprensa, Buzbee afirmou que metade das vítimas são homens, e os abusos supostamente ocorreram em diversas localidades, majoritariamente em Nova York, Califórnia, Georgia e Florida. Alguns datam 1991, mas a maioria aconteceu ao longo dos anos 2000 e 2010.
A empresa recebeu mais de 3.000 respostas após fazer um apelo às vítimas para que se apresentassem, o que foi analisado e reduzido para 120 casos confiáveis.
Diddy nega as acusações
A defesa de Sean Combs, o P. Diddy, nega todas as acusações e afirma que são “difamatórias e falsas”.
“O Sr. Combs nega enfática e categoricamente como falsa e difamatória qualquer alegação de que ele abusou sexualmente de alguém, incluindo menores. Ele espera provar a sua inocência e defender-se em tribunal se e quando as reclamações forem apresentadas e entregues, onde a verdade será estabelecida com base em provas e não em especulações.”