O vazamento de um áudio do diretor de vôlei do Minas Tênis Clube, Elói Lacerda de Oliveira, aponta que a demissão do jogador Maurício Souza, envolto em polêmica após fazer um post homofóbico citando o Superman bissexual, serviu apenas para proteger o atleta.
De acordo com o Globo Esporte, o áudio de Elói aponta que o desligamento de Maurício aconteceu porque não houve apoio suficiente dentro e fora do clube para defender o posicionamento do jogador publicamente, por isso o dispensaram pagando seu salário integral de hoje até maio de 2022.
O diretor ainda chamou o grupo de parlamentares que levou o caso ao Ministério Público de Minas Gerais de “comunidade radical”. No grupo de 20 pessoas, estão um senador, deputados e vereadores mineiros que demandam a abertura de uma ação penal pública contra o jogador por ‘incitação do preconceito e discriminação homotransfóbica’.
“Temos que ser proativos. Essas comunidades radicais elas são ativas. Eles foram na presidência da Melitta na Alemanha, na Fiat na Itália, e nós ficamos literalmente rendidos. Havia milhares de manifestações contra Minas, contra Mauricio. Ele não foi mandado porque ele é homofóbico, ele não é homofóbico. A declaração dele é pessoal dele. Ele foi mandado embora para a proteção dele e para a proteção do Minas”, diz Elói no registro.
“Nós fomos obrigados a dispensar o Maurício, se não ele seria destruído, tá? E que todos saibam que nós pagamos o contrato dele integral até maio. Ele não ficou desamparado. Ele recebeu o salário dele todo antecipado e nós fizemos isso porque nós não tivemos apoio”, completou
Polêmica
Maurício fez postagens em suas redes sociais falando contra o uso de banheiros de acordo com a identidade de gênero; contra o pronome neutro adotado em novela da Globo; contra a inclusão de pessoas trans no esporte; à favor de Bolsonaro e, o de mais destaque, questionava “onde o mundo vai parar” depois do novo Superhomem assumir ser bissexual. Veja mais detalhes aqui.