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PF faz operação contra militares suspeitos de planejar golpe e morte de Lula; saiba tudo

Por Redação |

PF faz operação contra militares suspeitos de planejar golpe e morte de Lula; saiba tudo
Foto: Reprodução

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão na manhã desta terça (19) contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que, segundo as investigações, planejou um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).

O petista derrotou o então presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma acirrada disputa de 2º turno. Durante seu mandato, o hoje inelegível Bolsonaro acumulou declarações golpistas e hoje é alvo de investigação da PF sobre o seu papel na trama que tentou impedir a posse de Lula.

Sobre a operação desta terça-feira, a PF afirmou que, entre as ações que seriam desenvolvidas para evitar a posse de Lula, estava o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que seria o assassinato do petista e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Ao menos quatro militares, sendo um general da reserva, são alvos das medidas cumpridas em três estados (RJ, GO, AM) e no Distrito Federal. Todas as prisões já foram cumpridas.

São eles o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também está entre os alvos dos mandados —esse também já preso

Plano de execução de Lula e Alckmin foi discutido na casa de Braga Netto em 2022

O plano para executar Lula (PT) e Alckmin (PSB) após eles vencerem Jair Bolsonaro (PL) na eleição 2022 foi discutido na residência do general Braga Netto em 12 de novembro daquele ano, segundo o blog de Andréia Sadi apurou.

O encontro foi confirmado pelo general Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro que se tornou colaborador da Justiça, e corroborado por materiais apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes.

Nesta terça-feira (19), a PF prendeu Fernandes, outros três militares da elite Exército – os chamados kids pretos – e um policial federal suspeitos de elaborarem um plano, denominado Punhal Verde e Amarelo, para matar Alckmin e Lula em 15 de dezembro de 2022.

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) relator de investigações contra Bolsonaro, também seria executado.

Braga Netto foi um dos nomes mais fortes do governo Bolsonaro. Ministro da Defesa e ministro-chefe da Casa Civil, acabou escolhido pelo ex-presidente para compor a chapa que tentou a reeleição em 2022.

Para a PF, o general é um dos nomes mais envolvidos na tentativa de golpe de estado para manter Bolsonaro no poder apesar da derrota nas eleições, e dificilmente escapa de indiciamento no inquérito que investiga o caso.

Investigação indica que militares usaram carro do Exército em plano para matar Moraes

Detalhes da investigação da Polícia Federal (PF) que levaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) a endossar e o Supremo Tribunal Federal (STF) a autorizar a operação desta terça-feira (19) revelam o uso de aparelhos do Estado, do Exército, na arapongagem e ameaça a autoridades para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.

Segundo dados da investigação, há suspeitas de que carros do Exército foram usados para vigiar o ministro Alexandre de Moraes, inclusive em seu apartamento funcional.

Em decisão, o ministro afastou das funções públicas três dos militares da ativa envolvidos no caso. A PF deflagrou operação hoje e prendeu cinco integrantes das Forças acusados até de tramar os assassinatos de Moraes, de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.