Os 10 jovens assassinados em Maceió por um homem considerado pela polícia um serial killer tinham entre 13 anos e 25 anos. Albino Santos de Lima foi preso no dia 17 de setembro em casa, no bairro da Ponta Grossa, e confessou oito homicídios. A polícia encontrou indícios de que ele cometeu outros dois assassinatos além dos que ele confessou.
Todas as vítimas moravam na mesma região periférica da capital, nos bairros Vergel do Lago, Ponta Grossa e Levada. Elas foram mortas a tiros entre outubro de 2023 e agosto de 2024.
O resultado do exame de confronto balístico realizado na arma apreendida na casa de Albino Santos, no dia em que ele foi preso, confirmou que a pistola calibre 380 foi a mesma usada para assassinar os 10 jovens.
Em depoimento, Albino Santos admitiu que monitorava as vítimas por meio das redes sociais e afirmou que todas faziam parte de uma organização criminosa, mas as investigações mostraram o oposto.
“Nós identificamos 10 vítimas e nenhuma delas tem envolvimento com facção criminosa. Dessas dez, três eram do sexo masculino e sete eram mulheres”, afirmou delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O advogado Geoberto de Luna que vai tentar provar que seu cliente é um sociopata. Se ele for considerado inimputável ele pode ser tratado em unidades de saúde, como os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), ou permanecer com a família já que por resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) os manicômios judiciários no Brasil foram todos fechados.
“A cabeça dele é de uma pessoa doente, de um sociopata. E esse vai ser o caminhar da minha defesa”, afirmou.