Não teve jeito! A TV Globo fez valer sua influência e confirmou a ex-BBB Jade Picon como protagonista da próxima novela das 21h, “Travessia”. Acontece que a participação da moça no folhetim deixou muita gente em alerta, já que até o momento ela não possui registro de atriz.
Bem antes do anúncio do elenco de forma oficial, o Sated-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro), havia se posicionado contra Jade participar da novela, mas acabou voltando atrás.
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Para o site Em Off”, Hugo Gross, presidente da entidade, confirmou que Picon recebeu permissão para atuar. Segundo ele, se trata de uma autorização especial e temporária que possui prazo para terminar ao fim da novela. Ou seja, a influenciadora está legalmente permitida a atuar nas telinhas até que essa documentação expire. O presidente ainda revelou que essa autorização é paga e equivale a 5% da remuneração da ex-sister.
“Continuamos a defender o registro profissional com unhas e dentes e vamos defender sempre. O Sated dentro da Lei 6533/78 não tem poder de polícia, mas dentro da lei existe uma lacuna, em que qualquer empresa de teatro, de cinema ou de teledramaturgia, que seja de shows, tem o direito a um número específico de cada produto. Por isso, existe autorização especial para aquele produto. Nesse caso da Jade Picon, nós demos uma autorização especial e específica para aquele produto, válido para o período que foi pedido”, esclareceu Hugo Gross.
O ator também explicou que a influenciadora não terá direito ao registro profissional quando a trama terminar, e ressaltou que a emissora contratou Jade Picon dentro da lei.
“Dentro de uma obra podem ter se eu não me engano três para cada produto. Então mais que isso não pode ser feito. O sindicato não está aqui para tolir trabalho de ninguém. Muito menos das empresas. Está aqui pra proteger a lei. E quando a coisa é feita dentro da legalidade não tem como negar isso. A Rede Globo fez dentro da legalidade. Foi feita uma reunião e nós cedemos uma autorização específica para o produto. E continuaremos lutando e defendendo a classe. Vale salientar que o SATED não tem poder de polícia, tem poder de ações e se tiver que fazer várias ações junto ao Ministério do Trabalho, assim será feito em respeito ao trabalhador da arte. Também pedimos para que utilizem e tentem utilizar mais pessoas com registro profissional”, explicou ele.