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Websérie da banda CONGO BLUE lança episódio com Luca Scarpelli

Há dois anos, Luca Scarpelli decidiu documentar a sua transição de gênero pelo seu canal no YouTube, o Transdiário. Além de falar sobre a sua vivência, ele também fala sobre os tabus da sociedade e desafios que enfrenta, assim como entrevistas com pessoas sobre transgeneridade. Luca foi convidado para participar da websérie Assim, Simplesmente, idealizada pela banda CONGO BLUE com o objetivo de celebrar a diversidade incentivar a identidade de gênero e a orientação sexual como condições inerentes a cada indivíduo. “As pessoas precisam realmente entender o que é calçar o sapato do outro, saber respeitar a identidade de gênero que a pessoa se identifica”, diz Luca no episódio.

Toda sexta-feira, um novo episódio irá dar voz a pessoas que lutam pela sua liberdade e visibilidade. Quem estreou a websérie foi Tchaka Drag Queen , apresentadora oficial da Parada LGBTQ+ de São Paulo, e outros nomes já foram escalados para os próximos episódios, como Ariadne Ribeiro e o próprio vocalista da banda, Pedro Palma. O objetivo é que todos possam se empoderar juntos e incentivar o público a também mostrarem sua verdade para o mundo.

Assim, Simplesmente surgiu a partir da gravação do clipe da banda, Simplesmente Assim , lançado em maio no Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia. O clipe traz pessoas reais transformando mensagens de ódio que marcaram suas vidas em uma atitude de resistência e união, dando um novo significado de esperança. No backstage das gravações, os participantes já começaram a trocar experiências. “A gente achou incrível essas pessoas tão diferentes compartilhando suas histórias, foi um papo muito rico que precisávamos mostrar para o mundo todo”, conta o vocalista Pedro Palma.

A música inspiração para a websérie teve composição de Pedro Palma e produção de Paulo Vaz, da banda Supercombo. A canção chegou como uma urgência no momento atual, no país que mais discrimina e mata pessoas LGBTs no mundo. É essencial que aconteça o debate a favor da luta pelo reconhecimento da existência e proteção dessa minoria em meio à tanta violência. Em um pop rock animado, a canção diz: “Meu coração já não precisa mais dizer ‘não’. Nada vai me impedir de seguir minha direção”. A banda veste a bandeira para passar uma mensagem de otimismo e empatia. “É uma maneira de dizer que tá tudo bem ser quem você é. Mostrar que as diversas formas de amor existem e que isso não é um problema. Essa é uma luta de todos nós! É a nossa forma de combater toda essa violência e ódio que vemos diariamente”, diz Pedro.

Assista:

SOBRE CONGO BLUE

Base de entrada da CONGO BLUE para o meio musical, o EP Fundamento foi lançado em 2018 e contou com a produção de Martin Mendonça e Duda Machado da banda Pitty. “Esse disco é para questionar o nosso comportamento, atitudes e o jeito que a sociedade olha para gente. Estamos aqui para desestabilizar, incomodar e fazer pensar. Isso que acontece quando se questiona a ‘base’, ou seja, o ‘Fundamento’. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas se questionem e saiam do comodismo”, conta Palma. O grupo é composto por Pedro Palma (Vocal), Matheus Reis (Guitarra), Jeferson Elias (Guitarra) e Bruno Vila Nova (Baixo).