“Too Late”, single de Zeeba, ganhou recentemente uma versão para as pistas pelas mãos de Dre Guazzelli. Para sabermos mais detalhes, batemos um papo com ambos os artistas, principalmente sobre a relação do cantor com a música eletrônica.
Além de ser uma das maiores vozes da música pop e eletrônica brasileira, Zeeba vem de um background musical bem diferente, e nos contou mais sobre na entrevista. Mas já adiantamos: o dono dos mais de 3 milhões de ouvintes mensais no Spotify amou o remake de “Too Late”!
Já Dre, DJ e produtor que chama cada vez mais atenção no cenário musical, compartilhou como surgiu a ideia de retrabalhar a faixa, a mensagem por trás dela e o desafio e a responsabilidade que é remixar uma música que originalmente não é eletrônica.
Como surgiu a oportunidade de remixar “Too Late” do Zeeba?
Dre Guazzelli: Na verdade, a oportunidade foi criada! Eu escutei a música e vi uma possibilidade, enxerguei um remix – assim como ele ficou -, e fui logo pedir pra ele a música pra fazer esta belíssima releitura!
Qual a mensagem que a música transmite para você?
Dre Guazzelli: Ela passa a mensagem de “nunca é tarde”, como dito na música. É uma instigação na hora de criar, ser você mesmo, não se preocupar com o tempo e ser aberto às mudanças da vida, a evolução.
Agora Zeeba, conta pra nós o que você, como artista e fã, achou do remix?
Zeeba: Eu amei o remix! Sempre curti o trabalho do Dre e foi incrível ele ter feito uma nova roupagem na “Too Late”. É uma música que eu gosto bastante e achei que ele deixou com uma cara nova. Já ouvi bastante essa música e é legal escutar como se fosse a primeira vez. O remix trouxe uma vida a mais para o som, acho que com essa roupagem atingimos até mais pessoas de outros lugares que não conheciam o som, isso é muito bacana do remix também. Eu já vivi muito no mundo da música eletrônica, então quando sai remix de algum som eu acho muito legal e já imagino ele nas pistas tocando quando as coisas voltarem ao normal.
Dre, qual o maior desafio em trabalhar uma música que originalmente não é eletrônica?
Dre Guazzelli: O maior desafio, que pra mim vira uma empolgação, é transformá-la para ter uma progressão, não só no quesito drop. É um entendimento entre a parte que a faz ser uma música acústica e a parte da música eletrônica com envolvimento e batida, e assim fazer a união dos dois sem perder a característica da música original. O desafio é levar a mente para as pistas, imaginar como ela soaria e em que momento. Isso é o que eu mais gosto de fazer com o remix e é por isso que eu gosto tanto de fazer remix.
Após suas colaborações com Alok e Bruno Martini, você consagrou-se como uma das principais vozes da música eletrônica brasileira, tendo realizado parcerias com diversos outros artistas também. O que a música eletrônica representa na sua vida?
Zeeba: Engraçado que a música eletrônica, inicialmente, era algo que eu escutava quando saía para festas e rolês, e acabei, como vocês disseram, virando uma das vozes eletrônica mais conhecidas, o que para mim é uma honra. Acho incrível e muito massa a conexão que a música eletrônica é capaz de gerar, a galera realmente entra no som e vibra junto contigo, então é uma sensação muito boa estar no palco cantando esse tipo de som. Já fiz muitos shows e turnês com o Alok, experienciando ao extremo todo esse universo, o qual tenho enorme carinho, por representar diversos momentos muito bonitos da minha carreira.
E por quais caminhos você pretende seguir agora?
Zeeba: Agora, estou em uma fase focando mais no meu lado autoral, singer-songwriter, voz e violão, mais Indie, onde tudo começou pra mim na verdade. Sempre vim de uma história de bandas e quero trazer isso de volta nesse momento da minha carreira, mas a música eletrônica vai estar sempre presente, com certeza!