A estreia de Tremembé, nova série nacional do Prime Video, trouxe de volta à discussão pública alguns dos crimes mais marcantes da história recente do Brasil. A produção retrata o cotidiano do presídio de Tremembé, em São Paulo — conhecido por abrigar nomes como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 2012.
Dos livros à série
A trama é inspirada em duas obras do jornalista Ulisses Campbell — Suzane: Assassina e Manipuladora (2020) e Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido (2021). Durante a divulgação do livro, Campbell revelou detalhes pouco conhecidos sobre o caso, incluindo informações sobre a divisão de bens após o crime.

Segundo o autor, Elize não saiu do casamento sem recursos. Por ter se casado em regime de comunhão parcial de bens, ela teve direito à metade do patrimônio adquirido durante a união com Marcos. Com isso, recebeu cerca de R$ 900 mil em bens. A maior parte da fortuna do empresário, porém, ficou destinada à filha do casal, que atualmente é adolescente.
Campbell também relatou que a menina descobriu a verdade sobre o assassinato aos sete anos, após ouvir comentários de colegas na escola. “Ela iniciou um processo de terapia e, com o tempo, passou a compreender o que havia acontecido”, contou o jornalista em entrevistas.
Vida após a prisão
Após cumprir cerca de dez anos de pena, Elize Matsunaga deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé em 2022, ao obter o direito de cumprir o restante da condenação em regime aberto.
Atualmente, ela vive em Franca (SP), onde deve manter endereço fixo e autorização judicial para deixar a cidade. Nos primeiros meses em liberdade, chegou a trabalhar como motorista de aplicativo, mas abandonou o serviço após forte repercussão pública. Desde então, tem se dedicado à costura de roupas e acessórios para animais de estimação, buscando reconstruir a vida longe dos holofotes.
Com o sucesso de Tremembé, o nome de Elize volta a circular entre o público — lembrando não só a brutalidade do crime, mas também as consequências judiciais e pessoais que se seguiram.
















































