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Site de relacionamento lança campanha de “Auxílio Sugar Daddy” para desempregados

A pandemia do novo coronavírus trouxe à tona o debate da renda básica para garantir a sobrevivência financeira das parcelas mais pobres da população. Enquanto os Congressistas lançam a frente para debater o tema, a plataforma de Sugar Daddies, Universo Sugar, endossa o suporte financeiro para jovens desempregados e estudantes afetados com a atual crise econômica. Na rede social, a maioria das participantes que se cadastram na condição de “Sugar Baby”, recebe uma mesada fixa ou valores variados de acordo com suas necessidades.

“Auxílio Sugar Daddy”

“Passada a pandemia da covid-19, essa juventude viverá um cenário grave de descompasso educacional e inclusão futura no mercado de trabalho. Vislumbrando este cenário, o Universo Sugar propõe aos Sugar Daddies que optem por bancar os custos do ensino superior ou que possam agilizar o encaminhamento das Sugar Babies para o mercado de trabalho. Visto que a maior parte desse público é formada por empresários, administradores e advogados”, diz a rede social.
O site, que tem como slogan “a vida é muito curta para não viver um relacionamento sugar”, se define como ideal para pessoas bem-sucedidas que queiram patrocinar o estilo de vida de seus parceiros e parceiras. Um espaço dedicado a quem busca um “relacionamento que seja claro e direto, baseando-se no investimento econômico de homens ou mulheres em troca de uma relação afetiva”, diz o texto da plataforma.

Média de auxílio financeiro oferecido por sugar daddies

O valor em média de benefícios recebidos por mês, é de aproximadamente R$ 3,000. Entretanto, esses valores variam de R$ 500,00 a R$ 5,000. Depende muito dos lugares em que os casais estão localizados. Existem cidades com o custo de vida maior. Algumas regiões são mais prósperas outras não. Tudo isso deve ser levado em consideração na hora falar sobre essa média.
No Universo Sugar, os jovens costumam receber auxílio-financeiro por intermédio desses patrocinadores para bancar os estudos, aluguel, dívidas entre outras finalidades.

Jovens desempregados no Brasil

Eles podem ter sido poupados das altas taxas de mortalidade da doença, mas a covid-19 ameaça deixar cicatrizes duradouras nas perspectivas de carreira dos jovens.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), a taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos de idade ficou em 27,1% no primeiro trimestre de 2020, bem acima da média geral de 12,2% do país no período. Este comportamento foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para o Nordeste, onde a estimativa foi de 34,1% de desempregados nesta faixa etária.
De acordo com dados do Google, levantados pelo Universo Sugar, durante o isolamento social, o Nordeste protagonizou a lista dos estados que mais procuram por “Sugar Daddy” (Patrocinador) – A pesquisa considerou o período de 24 de março de 2020, data de início da quarentena em São Paulo, até 10 de julho do corrente ano. A pesquisa pode ser vista aqui.

Pandemia aumentou evasão nas faculdades privadas

De acordo com o levantamento do Semesp, sindicato que representa o setor do ensino privado no Brasil, as universidades particulares perderam 265 mil estudantes – que abandonaram o curso ou trancaram matrícula – em abril e maio. A evasão foi quase 32% maior ante o mesmo período de 2019, quando foram registradas 201 mil desistências.

No ar há quase quatro anos, a plataforma virtual vem chamando a atenção dos brasileiros pela maneira inusitada como promete formar casais. Segundo o site, as sugar babies têm diferentes ocupações, mas a maior parte é estudante. O patrocínio na educação é uma prática comum dos sugar daddies. 

Brasília concentra os ‘sugar daddies’ mais ricos do Brasil

De acordo com a ‘Universo Sugar’, com patrimônio superior a 50 milhões, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina despontam como os lugares que concentram os sugar daddies (patrocinadores) mais ricos da rede social.

No Distrito Federal, ao menos 19% dos sugar daddies afirmam acumular mais de R$ 50 milhões em fortuna. E cerca de 16% dizem receber R$ 500 mil por mês.