Apesar de ter atraído quase 8 milhões de consumidores no segundo trimestre fiscal desse ano, nem tudo tem sido flores para o Disney+. Segundo informações obtidas pelo portal NaTelinha, a Disney amargou uma dívida avaliada em US$ 887 milhões (aproximadamente R$ 4,2 bilhões) no primeiro trimestre de 2022, e tais débitos na empresa teriam sido impactantes o suficiente para comprometerem a verba destinada para futuros lançamentos em sua própria plataforma de streaming para o ano que vem.
Ainda de acordo com a matéria, a Nasdaq, que divulgou os valores, avaliou que o prejuízo obtido pela produtora ocorreu pelo orçamento, inicialmente de US$ 20 bilhões (por volta de R$ 96 bilhões) previstos, que seriam arrecadados com a adesão de novos assinantes ter sido ultrapassado, alcançado na verdade o valor de US$ 33 bilhões (cerca de R$ 159 bilhões), distribuídos no orçamento destinados a filmes, canais lineares e produções para streaming.
Outro fator que também teria pesado contra o balanço financeiro da casa do Mickey Mouse, seria o cancelamento de contratos milionários da própria Disney com antigos parceiros e atuais concorrentes como Netflix e Amazon Prime Video, que desembolsavam valores consideráveis para ter acesso e manter produções da gigante do entretenimento em seus catálogos, fazendo justamente com que a empresa perdesse valores fixos que chegavam a seus cofres e a longo prazo alcançavam cifras bilionárias.
Embora a Disney some com todas as suas plataformas de vídeo (ESPN+, Hulu, Star+…) um total de 200 milhões de assinantes e arrecade atualmente a quantia de US$ 5 bilhões (em torno de R$ 25 bilhões), é a primeira vez que a produtora se depara com um rombo de proporções tão notórias para membros de seu alto escalão. Para se ter ideia, em uma eleição recente das 10 principais empresas americanas com potencial para atrair investimentos na Bolsa de Valores, a Disney nem sequer marcou presença, contrariando expectativas de seus analistas, que esperavam um considerável posicionamento na opinião dos investidores.
Discussões entre empresários da alta cúpula da Disney nos Estados Unidos tem se estendido sobre os rumos do serviço, onde uma parte chega a acusar inclusive que o próprio lançamento do streaming pode ter sido fruto de um erro de cálculo contábil, enquanto outra parcela avalia quantos clientes o Disney+ ainda precisa conquistar para passar a ser encarado pelos executivos como potencialmente lucrativo.