As polêmicas após a morte da cantora Gal Costa parecem não ter fim. Desta vez, o que veio à tona foram dois processos trabalhistas de mais de R$ 1 milhão contra o espólio da cantora por ex-funcionários. Em entrevista ao Domingo Espetacular, Luciana comparou o serviço a “exploração” e “escravidão”.
Luciana, a ex-empregada doméstica, revelou que nunca teve férias nem carteira assinada. Enquanto trabalhava para a artista, detalha que os atrasos no salário eram recorrentes. “Tinha vezes que ela pagava. Aí ficava dois, três meses sem pagar. Às vezes dava um pouco em dinheiro e dava cheque. Tinha que cobrar bastante a Gal Costa para ela poder pagar. Porque ela dizia que esquecia”, contou a secretaria do lar.
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Segundo Luciana, ela também não recebia dinheiro para transporte nem mesmo alimentação. A ex-funcionária conta que nunca recebeu alimentação da família e que chegou a ser repreendida por Gal quando se serviu com uma porção de feijoada que havia na casa. “Ela ficou muito brava, falou um monte. Foi muito humilhante”, desabafou Luciana, aos prantos.
A doméstica apresentou à reportagem um suposto áudio de Wilma Petrillo, viúva de Gal, chamando atenção de Luciana por encher a máquina de lavar até a tampa com roupas. A ex-funcionária rebateu também com uma mensagem de voz: “Trabalhei mais de 12 horas e você reclama de mim ainda, Wilma? Eu fiz dois horários sem comer nada”. Além disso, outro áudio de Luciana cobrando que fosse paga também foi exposto.
Além de Luciana, seu marido Ed Wilson também trabalhou para a família de Gal como um “faz-tudo”. Contribuía na limpeza, na organização da casa e também atuava como motorista, apesar de nunca receber dinheiro para repor o combustível. Assim como a doméstica, ele afirma nunca ter tido sua carteira assinada. “Ela falava pra dividir o salário da Luciana comigo. Eu aceitei mais para livrar o cansaço dela [Luciana]”, explicou o ex-funcionário.
Até o momento, Wilma e Gabriel Costa, filho de Gal, não se manifestaram sobre as acusações.
