Veruska Donato e a Globo estão em guerra na justiça após a jornalista mover um processo contra a emissora por criar um controle de vestimenta de seus contratados que apareciam na TV.
Outra alegação da ex-repórter da líder de audiência é o desenvolvimento da síndrome de burnout. O quadro clínico desenvolvido é um distúrbio emocional, com sintomas de exaustão, cansaço, estresse e esgotamento físico.
Matheus Rocha, do jornal Folha de S. Paulo, revela que a jornalista apresentou um atestado com validade de 60 dias. O documento a afastava de suas funções na Globo devido a transtornos mentais desenvolvidos por pressão no trabalho.
Na ação movida na justiça por Donato, a defesa alega que uma das pressões no ambiente de trabalho era sobre a vestimenta imposta pela organização. Em 2017, a chefe de redação na época, Cristina Piasentini, orientou aos colaboradores que apareciam na TV a evitarem tecidos apertados, apresentando inclusive um ‘perigo’.
No anexo do processo, o comunicado de Veruska relata sobre a pressão do modo de vestir imposto pela TV Globo. Na visão do canal, malhas apertadas marcam o que não é para ser evidente.
A pressão inclusive se intensificou quando ela chegou próximo dos 50 anos de idade. A chefia e o departamento de figurino criticavam qualquer flacidez, ruga ou gordura ‘fora do lugar’.
A Globo saiu em sua defesa, deixando claro que não há orientação nesse sentido aos seus funcionários, e que não irá comentar as movimentações na justiça. A defesa de Veruska optou por não se pronunciar.
Veruska trabalhou na emissora carioca por duas décadas. Na reportagem, passou por jornais locais, como ‘Bom Dia São Paulo’, e de rede, a exemplo do ‘Jornal Hoje’ e ‘Jornal Nacional’.