O renomado arquiteto Frank Gehry, responsável por algumas das obras mais emblemáticas da arquitetura contemporânea, morreu nesta sexta-feira, aos 96 anos, em sua residência em Santa Monica. Segundo Meaghan Lloyd, chefe de gabinete da Gehry Partners LLP, a morte ocorreu após uma breve doença respiratória.
Gehry, amplamente celebrado por seu estilo único e pela influência da pop art moderna, deixou um legado marcado pela ousadia estética e por projetos que se tornaram referências globais. Entre suas criações mais conhecidas estão o Museu Guggenheim, em Bilbao; o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles; e o DZ Bank Building, em Berlim — construções que redefiniram o uso da forma e do espaço na arquitetura.
A genialidade de Gehry também foi requisitada no setor tecnológico: a expansão da sede do Facebook, na Califórnia, foi desenvolvida a seu convite pelo CEO Mark Zuckerberg. Ao longo da carreira, ele recebeu as maiores distinções da área, incluindo o Prêmio Pritzker — considerado o Nobel da arquitetura — além da medalha de ouro do Instituto Real de Arquitetos Britânicos e o Companion of the Order of Canada.

Apesar das críticas que acompanhavam seus projetos mais arrojados, Gehry raramente demonstrava incômodo. Muitas vezes, respondia com humor — como quando participou de um episódio de Os Simpsons, satirizando sua própria fama ao criar um prédio inspirado em um simples papel amassado.
Nascido Ephraim Owen Goldberg em Toronto, em 1929, Gehry mudou-se para Los Angeles em 1947 e, anos depois, adotou o nome pelo qual se tornaria mundialmente conhecido. Formou-se em arquitetura pela Universidade do Sul da Califórnia e estudou planejamento urbano em Harvard. Lecionou em instituições prestigiadas como Yale, Columbia e em sua própria alma mater, consolidando influência também no campo acadêmico.

Trabalhador incansável, Gehry continuou projetando edifícios marcantes até os últimos anos de vida. Entre eles estão o IAC Building, em Nova York, inaugurado em 2007, e o arranha-céu New York By Gehry, concluído em 2011, que se destacou como uma das estruturas residenciais mais altas do mundo.
Gehry deixa a esposa, Berta; os filhos Brina, Alejandro e Samuel; e um legado arquitetônico que transformou skylines e inspira gerações de profissionais. Sua filha Leslie Gehry Brenner morreu em 2008, vítima de câncer.





















































