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Homens com baixa testosterona têm maior probabilidade de morte precoce

Homens com baixa testosterona têm maior probabilidade de morte precoce
Foto: Reprodução

Há muitos anos, a medicina estuda os potenciais efeitos da testosterona para o funcionamento do organismo dos homens. Um estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine na terça-feira (14) mostra que a deficiência do hormônio pode estar relacionada a um maior risco de morte precoce, antes dos 70 anos.

O levantamento, que consolidou resultados de 11 pesquisas, foi liderado por uma equipe da Universidade da Austrália Ocidental e comparou estudos que investigaram o efeito dos níveis de testosterona na expectativa de vida de homens de diversas idades, a maioria deles idosos que foram acompanhados por pelo menos cinco anos.

Os cientistas analisaram mortes por qualquer causa, mas identificaram principalmente um aumento nos óbitos por consequência de doenças cardíacas entre os participantes com baixos níveis de testosterona. A substância é o principal hormônio sexual masculino, é produzida no testículo e regula múltiplos processos no organismo, da quantidade de pelos ao aumento de massa muscular.

Nas pesquisas científicas, só é considerado nível baixo do hormônio o inferior a 200 ng/dL. Porém, alguns homens que normalmente têm 900 ng/dL, por exemplo, podem ter queda de 300 nanogramas e chegar a 600 — o patamar seria considerado saudável pelo padrão, mas para o caso particular do indivíduo, não. Os níveis de testosterona diminuem à medida que os homens envelhecem, caindo cerca de 1% ao ano a partir dos 30 anos por causa da diminuição da capacidade dos testículos de produzir o hormônio.

Em artigo publicado no portal de divulgação científica The Conversation, o bioquímico Daniel Kelly, da Universidade Sheffield Hallam, no Reino Unido, ressaltou que os resultados do estudo também são uma provocação para que homens façam check-ups regulares e conheçam seus níveis hormonais ideais.