Entrevistas

Idealizadoras do WME Conference falam com exclusividade sobre o retorno do evento ao presencial

Idealizadoras do WME Conference falam com exclusividade sobre o retorno do evento ao presencial
Claudia Assef e Monique Dardenne – Foto: Divulgação

Entre os dias 16 e 19 de junho, acontece a sexta edição da WME Conference – a maior conferência brasileira voltada para o protagonismo feminino no mundo da música. A programação, que ganhou um dia a mais, terá mais de 40 horas de conteúdo em conferências, painéis, pitches, masterclasses, workshops, além de shows e festas espalhados pela cidade de São Paulo: no casinha Heavy House, no novo club noturno do centro, o N/A, na praça Dom José Gaspar, velha conhecida de quem curte baladas vespertinas pelo centro da cidade, e na Casa Natura Musical, palco da festa de encerramento; a parte de painéis, oficinas, masterclasses e experiências de marcas será realizada na Biblioteca Mário de Andrade.

A cantora e compositora carioca Teresa Cristina será a madrinha do evento, que também terá como convidadas Tulipa Ruiz, Letticia Muniz, BadSista, MC Danny, Karina Buhr e muitas outras mulheres da música.

Esse será o retorno da plataforma ao presencial, após dois anos por conta da pandemia. O POP Mais bateu um papo exclusivo com as idealizadoras, Monique Dardenne e Claudia Assef, que falaram sobre as expectativas do evento.

Como surgiu “Women’s Music Event”?

O WME nasceu em 2016 com foco em fomentar o protagonismo feminino, especialmente no mundo da música, mas, claro, também em outras áreas, como negócios e tecnologia, com o objetivo de mudar essa realidade e trazer mais equidade de gênero.

O Women’s Music Event é uma plataforma que se desdobra em diferentes frentes e anualmente a gente conta com a conferência no primeiro semestre e a premiação no fim do ano, sempre um momento muito especial pra nós de celebração de tantas mulheres potentes na música brasileira.

A sexta edição será a porta de entrada após a pandemia. Teremos alguma novidade para marcar este novo ciclo do evento?

Após dois anos de pandemia, o retorno do presencial está recheado de novidades. Com um dia a mais na programação, essa é a primeira vez que faremos o evento no formato híbrido e com o Circuito Phygital, sendo presencial e com transmissão ao vivo para todo o mundo através do site da plataforma WME. Também contemplando quatro espaços pela cidade de São Paulo, além da Biblioteca Mário de Andrade que sediará as conferências no período diurno. Nossa vontade de realizar o evento na biblioteca não é de hoje, e pela pela primeira vez conseguimos esse espaço tão importante para celebrar o reencontro físico.

A transmissão será ao vivo pelo site da plataforma. Qual a expectativa de alcance de público?

Nossa expectativa é de impactar ainda mais pessoas. No ano passado, tivemos a WME Conference Unreal, e impactamos mais de 5 milhões de pessoas e mais de 177 mil interações nas redes sociais. Acreditamos que o Circuito Phygital irá trazer o melhor do encontro presencial e digital, onde as pessoas poderão sentir o que o evento traz de melhor como promoção do protagonismo feminino na indústria da música, assistindo de casa ou não. Mas, acima da importância de amplificar nossa voz, está o desejo de contribuir e fomentar a equidade de gênero. Uma das coisas que nasceram dessa inquietação e ainda é novidade é o SELO IGUAL, um selo que incentiva que empresas, agências, festivais e outras iniciativas do universo musical tenham ao menos 50% de mulheres em suas equipes ou line-ups. Esse selo vale por um ano e para ganhá-lo é necessário inscrever essas empresas parceiras que acreditam na importância da inclusão de mulheres dentro do mercado de trabalho.

Nesta edição o foco será o protagonismo feminino, como chegaram na escolha deste “tema”?

O WME carrega em si o foco do protagonismo feminino no mundo da música por todas suas edições, essa é a alma e o motivo pelo qual a plataforma existe. Então, sempre trazemos convidadas que representem isso de forma plural. Como comentamos no início da entrevista, toda a ideia sempre partiu da vontade de trazer mais mulheres, de ter mais mulheres nos line-ups de festivais, de ter mais mulheres em equipes de produção, mais mulheres em todas as alas. Inclusive, sempre trabalhamos rodeadas de mulheres, temos um banco de dados para conectá-las aos contratantes de diferentes cidades e países, que inclusive foi convertido em app em 2019.

Poderiam dar um spoiler de algum artista que fará parte deste evento que será espalhado pelos 4 cantos de SP?

Alguns nomes já estão confirmados como MC Carol, Tulipa Ruiz, Larissa Luz (apresentadora do Saia Justa), Teresa Cristina, Karol Conká, MEL (ex- banda Uó) e BadSista. Vai ser muito especial!

Qual a expectativa desta sexta edição ?

É continuar abrindo caminhos para as mulheres estarem presentes e serem reconhecidas no mundo da música, como donas de suas próprias carreiras. A proposta é que a gente se reúna, troque, discuta, passe por soluções, por problemáticas, faça network e se fortaleça através desses processos.