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Irmã de Paulo Gustavo, Ju Amaral recusa condolências de Bolsonaro: “guarde pra você”

Irmã de Paulo Gustavo, Ju Amaral recusa condolências de Bolsonaro: “guarde pra você”
Imagem: Reprodução

Ju Amaral, irmã de Paulo Gustavo, fez uma espécie de carta aberta a Jair Bolsonaro, um desabafo em seu perfil no Instagram. Ela não aceitou as condolências do presidente pela morte do humorista no começo de maio.

Ju postou uma foto da nova tatuagem, com a frase dita pelo irmão: “Rir é um ato de resistência”. Na legenda, ela escreveu: “Sr. Presidente: me disseram algo sobre o senhor ter postado condolências à minha família. Só agora tive forças de vir responder como o senhor merece, e o mínimo que eu posso lhe dizer é que, por coerência, nunca mais ponha na sua boca o nome do meu irmão. Essa boca que disse ‘não’ à vacina e condenou tantos à morte, essa mesma boca que debochou imitando pessoas com falta de ar, pessoas que viveram o horror que meu irmão viveu, não pode ser usada para pronunciar o nome dele nem lamentar a morte de todos os vitimados pela Covid. Também espero que o senhor não despeje sobre minha família os seus mais sinceros sentimentos pois eu não os aceito. Não sei que sentimentos tem um homem que deixa um país inteiro entregue à morte. Guarde pra você seus sentimentos e não nos obrigue a lidar com eles. Seus votos de pesar também peço que deposite em sua própria consciência, pois é sobre o seu governo que pesa a pior gestão desta pandemia mundial. Espero que o senhor saiba que meu irmão e você não tinham nada em comum. Vocês trafegam em vias opostas. Enquanto ele ia na estrada da vida, do afeto, da generosidade e empatia, o senhor vem pelas trevas, trazendo escuridão e morte. O Brasil que o senhor comanda carrega nas costas quase 500 mil filhos mortos, e dentre eles o meu irmão”.

Paulo Gustavo foi uma das mais de 500 mil vítimas de covid-19 no Brasil. Ele passou dois meses internado lutando contra a doença, mas não resistiu. No começo da pandemia, Jair Bolsonaro minimizou a gravidade da doença, e recentemente foi revelado que ele negou a compra de milhões de doses de vacina, em junho de 2020, que poderiam ter salvo milhares de vidas.