Do Nada

Do Nada

Do nada a danada da vida me ultrapassou e me deu fechada

E disse “duvido fazer do limão que o diabo amassou limonada”

Ouvindo a danada da vida dizendo “duvido”
Eu fui pro tudo ou nada

E vi que a batalha não tava perdida
E que a trilha nem tava na estrada!

A vida não tava no trilho e sem brilho eu já tava perdendo a corrida

Tão acelerado sem olhar pro lado, não lia os sinais de saída

Correndo demais deixei tudo pra trás mas a vida me deu uma fechada

Batendo de frente eu nasci novamente e deixei uma semente na estrada

Um pé de limão vai nascer no local da batida da vida comigo

Alguém vai passar e vai colher pra fazer uma batida
E beber com os amigos

E naquele instante eu vou estar bem distante
Pensando já com os meus botões

Em cada limão que a danada me deu
E o que deu pra fazer com os limões

E quem vai brindar com a batida
Que fez com os limões que nasceram eu não sei

Alguém numa festa, num sítio, num quarto
Num parto ou numa despedida

Talvez já esteja bem longe
Parando em uma curva onde eu sempre passei

E ouvindo num último sopro de vento algum eco desse brinde à vida!

Antídoto Pra Todo Tipo de Veneno

Ficha técnica